A Cadillac viveu uma crise nos anos 80 e 90, mas, na década passada, este símbolo do luxo norte-americano voltou a fazer carros que chamam a atenção. Entre eles está o XLR, um cupê conversível produzido de 2003 – foi apresentado no Salão de Detroit (EUA) daquele ano – até 2009.
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Durante nossa visita ao Heritage Center, espaço em Detroit que reúne carros que marcaram a história da General Motors (leia mais aqui), executivos da empresa, em clima de bate papo, explicaram que o carro não foi considerado, pela própria GM, um sucesso. Suas vendas totalizaram cerca de 15 mil unidades.
Ainda assim, o carro é lembrado por entusiastas dos automóveis como um marco na história da Cadillac. Isso porque não é tradição da marca produzir esportivos natos – e o XLR nada mais é do que um Corvette da Cadillac. Da geração anterior do do modelo da Chevrolet (a C5, feita de 1997 a 2004), ele herdou base e mecânica, mas trouxe ao interior mais sofisticação, para ser identificado como um autêntico Cadillac.
O XLR foi o primeiro Cadillac a trazer controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, um sistema que hoje é até comum nos carros de luxo, mas era raro na época. Com uso de radares, o recurso reduz ou diminui automaticamente a velocidade do veículo, podendo até acionar os freios em caso de emergência.
Há ainda itens como air bags laterais e leitor de DVD, projetado em tela sensível ao toque. O painel de instrumentos tem mostradores assinados pela famosa marca de relógios – e outros artigos de luxo – Bulgari.
O motor é o 4.6 V8, com 324 cv e 42,8 mkgf. O câmbio é manual de cinco marchas ou automático de seis. Na versão sem pedal de embreagem, o carro acelera de 0 a 100 km/ em 5,8 segundos.
O Jornal do Carro avaliou o XLR em 2008. O carro nunca foi vendido oficialmente no Brasil – até porque a GM nunca trouxe a marca Cadillac ao País -, mas foi trazido por importador independente. A reportagem o descreveu como muito luxuoso, com som muito empolgante proveniente do motor e excelente para fazer curvas. No entanto, seu volante, grande demais, não condiz com a proposta de um carro tão esportivo.
Em tempo: a Cadillac tem uma divisão de preparação esportiva, algo típico das marcas Audi, BMW e Mercedes-Benz. Os modelos preparados são identificados pela letra V.
De acordo com o diretor de desenvolvimento da GM, Mark Reuss, os Cadillac V podem ser comparados aos modelos M, da BMW, mas não aos da divisão AMG, da Mercedes. Isso porque ele considera os AMG muito “mansos”, com pegada esportiva bem inferior à dos M – e dos V.
Eu nunca guiei um Cadillac V, mas conheço muito bem os M e os AMG. E, sinceramente, de mansos os AMG não têm nada. Se os M são mais esportivos e impetuosos? Depende muito do carro. Alguns modelos da AMG superam os M. E vice-versa.
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