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Tesla deverá ter hatch compacto para Europa feito em nova fábrica alemã
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Tesla deverá ter hatch compacto para Europa feito em nova fábrica alemã

Informação foi dada pelo CEO da Tesla, Elon Musk, durante conferência online sobre baterias organizada pelo governo alemão

Vagner Aquino

25 de nov, 2020 · 5 minutos de leitura.

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FÁBRICA DA TESLA NA CALIFÓRNIA
Crédito:Tesla/Divulgação
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De olho na praticidade dos veículos compactos e na boa aceitação desse tipo de modelo no mercado europeu, a Tesla planeja incluir um carro de pequeno porte em sua gama num futuro próximo. O hatch seria, inclusive, fabricado na nova planta de Berlim (Alemanha), cuja operação inclui um estúdio de design para criar produtos novos.

“Possivelmente na Europa faria sentido, acredito, um carro compacto, talvez um hatchback ou algo parecido”, disse o CEO da Tesla, Elon Musk durante uma conferência europeia sobre baterias, organizada pelo governo alemão, nesta terça-feira (24).

De acordo com Musk, a fábrica que a Tesla está construindo em Berlim fará carros sob medida para compradores europeus. É a primeira da marca na Europa. A ideia, a princípio, é agradar o público local, que não se encanta tão facilmente pelos tradicionais automóveis da Tesla. Isso, em síntese, acontece não apenas por uma questão de design, mas também de praticidade. “Nos Estados Unidos, os carros tendem a ser maiores por questões de gosto pessoal. Na Europa, (os carros) tendem a ser menores”, apontou ele durante o evento.

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Tesla hatch também em outras regiões

Musk disse, contudo, que o novo modelo europeu deve ser comercializado também em outras regiões. Vale lembrar que rumores sobre a chegada de um compacto e popular da Tesla são espalhados já há alguns meses. Mas nunca houve qualquer confirmação por parte da montadora. Em julho, o CEO reconheceu que os US$ 37.990 (R$ 203 mil, na conversão direta) pedidos pelo Model 3, à época, mesmo razoável, era um valor bem mais alto do que muitos compradores estão dispostos a gastar em um carro novo.

A montadora com sede na Califórnia vende atualmente quatro modelos de automóveis, são eles: Model 3, Model S, Model X e Model Y. Todos, porém, são maiores que o Volkswagen Golf – referência europeia quando se fala em carros compactos.

Bem próximo da concorrência

O complexo que está sendo construído na Alemanha deverá iniciar sua produção em meados de 2021 e, eventualmente, montar até 500 mil unidades por ano. Isso possibilitará à Tesla disputar, de perto, mercado com os braços elétricos de BMW, Daimler e Volkswagen.


Musk, que nesta semana ultrapassou Bill Gates (co-fundador da Microsoft) como a segunda pessoa mais rica do mundo, revelou otimismo sobre o aumento da demanda de carros elétricos na região. Para ele, os veículos elétricos estão se popularizando mais rapidamente na Europa do que outros mercados importantes.

Ao falar sobre os esforços da Tesla para oferecer ao mercado veículos elétricos de longo alcance nos próximos anos, o executivo prometeu estrear versões melhoradas de modelos existentes que se aproximariam de 700 km de autonomia, mas que podem chegar a 1000 km a longo prazo. Modelos estão em desenvolvimento. Mas, antes de tudo, a picape de gosto duvidoso Cybertruck está na fila e, pela previsão, deve chegar em dois anos ao mercado.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”