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Estudo americano mostra que abrir as janelas do carro pode reduzir risco de contrair o coronavírus
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Estudo americano mostra que abrir as janelas do carro pode reduzir risco de contrair o coronavírus

Estudo feito por universidade norte-americana revela que abrir as janelas ajuda a formar corrente de ar que protege contra o coronavírus

Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

18 de jan, 2021 · 4 minutos de leitura.

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coronavírus
Estudo da Brown University revela que abrir as janelas do carro ajuda a reduzir o risco de contato com o coronavírus
Crédito:Autoblog.com/Reprodução
Estudo da Brown University revela que abrir as janelas do carro ajuda a reduzir o risco de contato com o coronavírus

Desde o início da pandemia da Covid-19, o medo de se infectar pelo coronavírus tem feito muitas pessoas fugirem do transporte coletivo, seja ele público ou privado. Assim, mesmo os serviços de transporte, como a Uber, tiveram uma considerável queda de usuários em 2020.

Entretanto, no caso dos carros, parece haver uma forma de minimizar os riscos de contágio pelo coronavírus. É o que mostra o estudo promovido pela Brown University, dos Estados Unidos. Uma pesquisa do centro acadêmico analisou como o ar que respiramos se move dentro dos carros.

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Mantenha as janelas abertas

Em linhas gerais, esta é a conclusão do estudo da Brown University. Os cientistas Varghese Mathai, Asimanshu Das, Jeffrey Bailey e Kenneth Breuer analisaram como os fluxos de ar mudam com as janelas abertas. A análise se baseou em complexas simulações de dinâmica fluida computacional.

Conforme mostram os gráficos, abrir as janelas opostas aos ocupantes pode criar um fluxo de ar que reduz drasticamente os aerossóis que emitimos – e que pairam na cabine. O estudo lembra que, mesmo que os ocupantes usem máscaras, há sempre o risco de parte desses aerossóis ficarem no ar.

Além disso, a pesquisa da Brown University também descobriu que abrir as janelas até a metade pode ser muito útil contra o coronavírus. Bem como abrir uma fresta já basta para gerar fluxo de ar dentro do veículo e afastar, assim, o vírus da Covid-19.


Pesquisa sobre a circulação do coronavírus nos carros usou o Toyota Prius como base
Foto: Toyota/Divulgação

Estudo se baseou no Toyota Prius

Apesar de reveladora, a análise feita pelos cientistas da Brown University talvez não se aplique a todos os tipos de carros. Isso porque a pesquisa usou como base o híbrido Toyota Prius. E, dessa forma, todo o estudo foi feito em cima de um tipo de carroceria específico.

De toda forma, a pesquisa da universidade norte-americana não deixa dúvida sobre a importância de manter as janelas abertas, sobretudo se estiver em um veículo compartilhado. Por fim, o estudo reforça a necessidade de se manter os cuidados de higiene contra o coronavírus.




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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”