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Jeep de sete lugares só terá motores a diesel
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Jeep de sete lugares só terá motores a diesel

Motor 2.0 turbodiesel deverá oferecer mais de 200 cv de potência. Com o intuito de reduzir as emissões de gases poluentes, a Jeep disponibilizará de um tanque para armazenamento de Arla 32

Emily Nery, para o Jornal do Carro

12 de mar, 2021 · 4 minutos de leitura.

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SUV Jeep de sete lugares
Flagra mostra o SUV de sete lugares da Jeep em testes, ainda com camuflagem pesada
Crédito:@abandonados.br/Reprodução

Mesmo com a estreia dos propulsores turbo GSE da família Stellantis, que prometem potências acima dos 180 cv, o novo produto da Jeep seguirá com o motorzão a diesel. O SUV de sete lugares da marca, que deve chegar no final do ano, será oferecido em duas versões com o conhecido motor 2.0 turbodiesel.

A boa notícia, portanto, é que o trem de força que equipa modelos como o Compass, Renegade e até a Fiat Toro, será aprimorado. A Stellantis deverá atualizá-lo de modo que ele atinja os 203 cv de potência (atualmente, ele entrega 170 cv). Acoplado a ele, estará a caixa de transmissão ZF de nove velocidades. A tração será integral nas quatro rodas.

jeep
Embora novo Compass não adote novo motor turboflexível da Stellantis, o trem de força a diesel terá melhorias Jeep/Divulgação

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Utilizará reagente Arla 32

Outra melhoria está no tratamento do motor. De acordo com o site Auto Segredos, ele terá um sistema de redução catalítica (SCR) e disponibilizará de um tanque para armazenamento de Arla 32, comumente usado em grandes caminhões. Ele é um reagente com 32,5% de uréia pura.

A substância consegue gerar uma reação química e quebrar os óxidos de nitrogênio, os transformando em água e nitrogênio. Esse novo recurso conseguirá diminuir a emissão de poluentes na atmosfera.

Nos postos de combustível, o abastecimento do Arla 32 fica separado do diesel. Caberá a Jeep instruir o proprietário a abastecer o veículo da forma correta, sabendo que, se ele não utilizar o reagente, o carro rodará no modo de segurança.


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Estreia

Posicionado acima do Compass, o SUV deverá chegar ao mercado no final do ano. Contudo, devemos saber seu nome já em abril. Segundo a Jeep, ele será “o SUV mais tecnológico produzido e projetado na América Latina” e, dessa maneira, terá uma recheada lista de equipamentos.

Ele oferecerá uma central multimídia com tela flutuante de 10,1”, bem como painel, volante e saídas do ar-condicionado unido a central à multimídia semelhantes ao do novo Jeep Compass. Todavia, o acabamento do SUV maior terá tons de dourado.


O SUV grandalhão, que inclusive já flagrado em testes no Brasil, vai enfrentar o Volkswagen Tiguan Allspace, Tiggo 8, Chevrolet Trailblazer e Toyota Hilux. Por fim, ele terá 4,87 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,73 m de altura e entre eixos de 2,80 m.

Além disso, seu design deve ficar parecido com o Grand Commander, modelo de sete lugares que a Jeep vende na China. O utilitário esportivo surgiu do conceito Yuntu, no Salão de Xangai de 2017.



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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.