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Show do Milhão: os carros luxuosos com preço de R$ 1 milhão ou mais
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Show do Milhão: os carros luxuosos com preço de R$ 1 milhão ou mais

Recheados de V8 e muita tecnologia, Audi, BMW, Mercedes e Porsche já oferecem esportivos de luxo cujos preços chegam ou ultrapassam o R$ 1 milhão

Emily Nery, Especial para o Jornal do Carro

07 de jul, 2021 · 11 minutos de leitura.

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Audi RS Q8 carros beberrões
Audi RS Q8 já ultrapassou a barreira de R$ 1 milhão
Crédito:Audi/Divulgação

Após o anúncio do retorno do famoso game show do SBT, o Show do Milhão, aquele velho questionamento volta à tona: o que você faria com R$ 1 milhão na conta? A quantia, que pode ser destinada a uma boa casa ou a um farto investimento, também pode ser equivalente a um só carro. De SUV a cupê elétrico, recentemente, o mercado brasileiro recebeu uma série de superesportivos cujos preços ultrapassam ou ficam próximos dos sete dígitos. Confira abaixo os modelos que formam o novo “Clube do Milhão”.

1) Audi RSQ8 – R$ 1.049.990

Audi RS Q8 chegou ao Brasil por R$ 981.990, mas já ultrapassou R$ 1 milhão Galaxy blue

A versão esportiva do maior SUV da Audi chegou ao final de 2020 ao Brasil por um valor equivalente a 21 Renault Kwid. Mesmo assim, o Q8 RS é uma opção “menos cara” aos que almejam uma Lamborghini Urus.

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Isso porque o utilitário esportivo alemão é feito na mesma plataforma do modelo italiano e compartilha o mesmo motorzão V8 4.0 biturbo de 600 cv e 81,6 mkgf de torque. Aliado ao poderoso propulsor, está o câmbio Tiptronic de oito marchas. A tração, por sua vez, é integral Quattro, com diferencial de distribuição de força motriz para os eixos traseiro e dianteiro.

A montadora adicionou ainda um sistema híbrido leve de 48 volts para controlar o consumo de combustível. Essa tecnologia é capaz desativar metade dos cilindros do V8 em determinadas condições, como quando em velocidade de cruzeiro na estrada, para deixá-lo menos gastão.

2) Porsche 911 GTS – R$ 959 mil

Porsche 911 Carrera GTS Coupe 2021
911 Targa 4 GTS chegou a 1º milhão e custa R$ 1.009.000 Foto: Divulgação/Porsche

A nova geração do cupê de luxo com pacote esportivo chegou na última semana ao Brasil. Em quatro versões – GTS, GTS Cabriolet, 4 GTS, 4 GTS Cabrio e Targa 4 GTS – o modelo parte de R$ 919.000, mas pode chegar aos R$ 1.009.000. Isto é, sem contar os opcionais, que podem adicionar até R$ 458,4 mil extras ao Porsche.

A força motriz do cupê é formada pelo tradicionalíssimo Boxer de seis litros com turbcompressor que o faz chegar aos 480 cv. Desse modo, ele entrega mais 20 cv do que o motor do GTS anterior. O torque também aumentou em 2 mkgf, para 58,12 mkgf. Da inércia aos 100 km/h, o 911 4 GTS Coupé (única versão revelada pela Porsche) leva apenas 3,3 para completar.

A má noticia aos fãs mais conservadores é o fim do câmbio manual de sete velocidades, que foi trocado pelo câmbio  automatizado de dupla embreagem e oito marchas PDK.


3) BMW X6 M Competition – R$ 1.018.950

BMW X6 M Competition
Crédito: Divulgação/BMW

Outro recém-chegado, o X6 M desembarcou no Brasil empregando o pacote Competition, que o fornece um visual e preparação esportiva, assim como uma farta lista de equipamentos tecnológicos.

Contudo, o protagonista da versão esportiva está sob o longo capô. O V8 biturbo twin power de 4,4 litros entrega até 625 cv de potência e 47 mkgf de torque. Acoplado a ele, está o câmbio automático de oito marchas M Steptronic com sistema Drivelogic. A tração integral M Xdrive garante ao SUV a aceleração de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos.


Produzido nos EUA, o utilitário carrega itens como duas telas digitais de 12,3 polegadas,  sistema de câmeras Surround View, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, faróis com luz de laser, abertura e fechamento automático do porta-malas, “Soft Close” (que fecha as portas automaticamente) e ar-condicionado automático digital de quatro zonas.



4) Mercedes-Benz AMG E 63 S 4MATIC+ – R$ 1.400.900

Mercedes-AMG E 63 S 4MATIC+
A versão feita pela AMG do sedã Classe E supera o primeiro milhão e custa R$ 1,4 mi, R$ 845.900 a mais do que sua variante de entrada Divulgação/Mercedes-Benz

O veículo mais caro dessa lista é uma luxuosa limusine preparada pela divisão esportiva AMG com tração integral. O reestilizado sedã chegou no final de maio no Brasil junto à sua variante “convencional”. Para tanto, seu preço, sem adicionais, chega a ser R$ 845.900 mais caro do que a versão de entrada E 300 AMG Line (que carrega somente o visual esportivo).


Com um visual mais dinâmico e menos requintado, o três volumes emprega o V8 biturbo de 4 litros, capaz e gerar até 612 cv de potência e 83,6 mkgf de torque. O câmbio é automático de dupla embreagem com nove marchas.

Para segurança, o modelo oferece o pacote de assistência a condução Distronic Plus, que utiliza itens como assistente ativo de estacionamento, assistente de direção e assistente de ponto cego. A lista de equipamentos conta também com ar-condicionado de quatro zonas, teto solar panorâmico, bancos esportivos revestidos em couro nappa, suspensão a ar e acabamento interno em carbono e alumínio.

5) Porsche Cayenne Turbo GT – R$ 1.199.000

Porsche Cayenne Turbo GT R$ 1 milhão
Divulgação/Porsche

A versão de topo do SUV mais rápido da Porsche entrou em reserva na última semana no Brasil a partir de R$ 1.199.000. Isto é, sem os caros conteúdos adicionais. Para isso, o modelo com foco na performance apresenta visual esportivo, com entradas de ar laterais ampliadas e aerofólio retrátil 2,5 cm maior do que o da versão Turbo, por exemplo.

Em congruência com o visual, o motor 4.0 V8 biturbo passou por uma atualização para entregar até 640 cv de potência e 86,6 mkgf de torque. Ou seja, 90 cv e 8,1 mkgf extras em comparação com a versão Turbo. Esse conjunto, portanto, consegue levar o utilitário de 0 a 100 km/h em incríveis 3,3 segundos e pode chegar aos 300 km/h.

Por isso, o carro traz uma suspensão adaptativa a ar 15% mais rígida e 1,7 cm mais baixa do que a versão Turbo. A Porsche revisou também o câmbio automático Tiptronic S de oito marchas, que faz as trocas mais rapidamente agora.


No visual externo, evidencia-se as ostensivas rodas de 22″ em dourado, bem como alguns elementos em fibra de carbono . No habitáculo, o Cayenne ganha acabamento em Alcântara nos bancos e volante, assim como a inédita central multimídia PCM de 12,3″ com conexão wireless com Android Auto e Apple CarPlay.

6) Audi RS e-tron GT – R$ 949.990

Audi RS e-tron GT R$ 1 milhão
Para a pré-venda, a Audi ofereceu o RS e-Tron GT por R$ 949.990. Contudo, o próximo lote do superesportivo deve superar a barreira do R$ 1 milhão Audi/Divulgação

Não levou nem 24 horas para que os endinheirados gastassem R$ 949.990 e esgotassem o primeiro lote de vendas do primo do Taycan. O superesportivo que ficou conhecido como o carro do Homem de Ferro, na franquia dos Vingadores, garante que seus 646 cv sejam os mais potentes da história da Audi.


Os responsáveis pelo feito são dois motores elétricos posicionados em cada eixos. No dianteiro, um de 238 cv. No traseiro, outro de 335 cv. Juntos, garantem 598 cv de potência combinada e 84,6 mkgf de torque praticamente instantâneo. Então, basta alterar ao modo Dynamic que ele vira um canhão por 2,5 segundos e garante os 646 cv de potência máxima. A aceleração de 0 a 100 km/h, por sua vez, é feita em 3,3 segundos.

Esse conjunto é associado ao um câmbio (sim!) de duas marchas. Na primeira, para torque máximo e, na segunda, para velocidade de cruzeiro e mais eficiência. A seleção é automática. Além disso, a tração é a tradicional integral Quattro. Com 472 km de autonomia total, o elétrico leva cerca de 23 minutos para uma recarga completa em um carregador de alta capacidade de até 270 kW.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.