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Onda de recall não para e Peugeot chama novo 208 para troca do eixo traseiro
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Onda de recall não para e Peugeot chama novo 208 para troca do eixo traseiro

Em seu melhor momento de vendas, Peugeot 208 encorpa a avalanche de recalls feitos em 2021. Segundo a montadora, eixo traseiro pode quebrar

Diogo de Oliveira

16 de jul, 2021 · 9 minutos de leitura.

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Latin NCAP
Novo Peugeot 208 chegará às lojas ainda neste mês de maio
Crédito:Peugeot/Divulgação

Uma grande onda de recall continua a atingir o mercado brasileiro em 2021. Nos primeiros seis meses do ano, já são 48 chamados para reparo ou troca de componentes defeituosos de carros novos. Ou seja, uma alta de 31,2% ante igual período de 2020. No total, estão envolvidos, assim, mais de 100 modelos, incluindo o novo Peugeot 208, que acaba de ser convocado para inspeção por um possível defeito no eixo traseiro.

Segundo a marca francesa, há risco de ruptura do eixo da suspensão do hatch compacto. Ou seja, se isso acontecer, pode ocasionar a perda de controle da direção. Por isso, a Peugeot convoca os proprietários a levarem o modelo à inspeção. De acordo com a montadora, isso leva cerca de 15 minutos. Mas, se for necessário, o veículo terá de ficar na oficina para ter o eixo trocado gratuitamente. Esse serviço é feito em cerca de quatro horas.

Dessa forma, os proprietários do 208 devem procurar uma concessionária Peugeot para fazer a verificação. Segundo a marca, o recall envolve 349 unidades do hatch feitas entre 13/10/2020 e 7/1/2021. Ou seja, são os carros com números de chassis de MG510819 a MG704358.

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Peugeot 208 recall
PEUGEOT/DIVULGAÇÃO

Tem direito a carro reserva

No site da Peugeot há orientações sobre o recall, bem como oferta de carro reserva para que os proprietários possam deixar seus veículos na oficina caso seja necessário trocar o eixo. O serviço, portanto, deve ser agendado no site ou por meio do telefone 0800-703-2424.

Peugeot 208 em alta

O Peugeot 208 vive o seu melhor momento em vendas no País dos últimos anos. Em junho, o 208 teve o seu melhor mês em 2021, e vendeu, dessa forma, mais do que medalhões como Renault Sandero e Volkswagen Polo. Assim, a boa fase coincide com o início da gestão feita da Stellantis. Ou seja, demonstra que há uma nova estratégia comercial para o compacto.


Recalls já atingem mais de 20 milhões de veículos

Desde 2002, o Procon-SP conta com um banco de dados com informações sobre todas as campanhas de recall realizadas no Brasil. O intuito é ajudar o consumidor a descobrir quais produtos já foram convocados. Para isso, basta fazer uma busca pelo nome da fabricante ou do modelo no site. De acordo com o sistema, o setor de veículos detém mais de 81% do número total de recalls, com 1.674 campanhas.

O consumidor deve estar alerta. Afinal, desde abril de 2021 os veículos que não fizeram recall não podem ser licenciados nem transferidos. Assim, o bloqueio do documento é resultado das alterações feitas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) por meio da lei 14.071, de 2020. Portanto, não fazer recall pode caracterizar infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos o prontuário da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do dono do veiculo. Além disso, o carro pode ficar retido.

Confira abaixo a lista dos recalls do primeiro semestre de 2021:


Janeiro

  • Volvo XC90 (2010 a 2020) – Verificação da fixação do módulo SRS
  • Citroën C3, C3 Picasso e Aircross (2010 a 2014) – Sistema de airbag
  • Hyundai Elantra, i30 e Santa Fé (2005 a 2010) – Troca do Kit Relé do PCB
  • Audi Q3 (2020) – Sistema de freios
  • Jeep Grand Cherokee (2010 a 2013) – Relé da bomba de combustível
  • Dodge Durango (2011 a 2013) – Relé da bomba de combustível
  • Land Rover Discovery (2018 a 2020) – Aterramento da bateria

Fevereiro

  • BMW Z4 sDrive30i M Sport (2020) – Tanque de combustível
  • Ford Fusion e Edge (2006 a 2011) – Sistema de airbag
  • Ford Territory (2019 e 2020) – Conversor catalítico

Março

  • Mercedes AMG GLC 63 4MATIC+ (2018 a 2020) – Sistema de alimentação do motor de partida
  • Caoa Chery Arizzo 5, Tiggo 5 e Tiggo 7 (2019) – Troca dos balancins ou cabeçote do motor
  • Mitsubishi Outlander (2019) – Cinto de segurança
  • Mitsubishi I-MIEV (2010 a 2012) – Sistema de freio
  • Fiat Uno, Palio, Grand Siena, Doblò, Doblò Cargo e Fiorino (2012 a 2014) – Sistema de airbag
  • Jeep Grand Cherokee (2013 a 2015) – Sensor do virabrequim
  • Dodge Nitro e Grand Caravan (2006 a 2008) – emblema do volante (segunda fase)
  • Chrysler Town & Country ( 2007 a 2010) – Emblema do volante (2ª fase)
  • Renault Duster com câmbio manual (2020) – Tubo do ar-condicionado
  • Renault Sandero, Logan, Duster e Oroch (2020) – Cilindro de ignição

Abril

  • Mercedes C 200 Avantgarde (2014 a 2016) – Diodos do alternador
  • VW Amarok (2016 a 2020) – Instalação de fixação adicional do estepe
  • BMW 745Le M Sport, M760Li xDrive, M8 Competition e X6 xDrive40i M Sport (2020) – Sistema de freio
  • Mercedes AMG GT 43 Coupé (2019 e 2020) – Cubo das rodas
  • Chevrolet Tracker (2019 a 2020) – Isolador acústico do carpete
  • Lexus NX300, RX350 e ES300h (2017 a 2019) – Sistema de combustível
  • Toyota Camry (2019) – Sistema de combustível
  • Honda Civic Touring, HR-V Touring, Accord e CR-V (2018 a 2019) – Sistema de combustível
  • Audi A6, A7, RS6 e RS7 (2019 a 2020) – Painel de instrumento
  • Kia Carnival (2012 a 2014) – Sistema de combustível
  • Porsche Taycan, 911 e 718 (2020 e 2021) – Conexões rosqueadas

Maio

  • Subaru XV e Forester (2017 a 2019) – Torque parafusos do suporte da barra estabilizadora
  • Volvo XC90 Excellence (2016 a 2019) – Atualização de software
  • Land Rover Discovery (2020 e 2021) – Regulagem de torque
  • Suzuki Jimny Sierra (2020) – Vidros do para-brisa e da porta traseira
  • Mercedes Classe C, Classe E e CLS (2005 a 2006) – Vidro deslizante do teto solar
  • Hyundai New Tucson (2016 a 2021) – Risco de curto-circuito
  • Audi Q3 (2021) – Cinto de segurança
  • Porsche Cayenne Turbo S E-hybrid (2020) – Porcas dos braços da suspensão
  • Subaru Forester e XV (2017 a 2019) – Bobina de ignição

Junho

  • VW Gol, Fox, Saveiro e Voyage (2021) – Polia do motor
  • Volvo S60, V60, S90, XC60 e XC90 (2018 a 2019) – Troca de fusível
  • Volvo V40, V40 CC, S60, V60, XC60 e XC90 (2012 a 2016) – Sistema de combustível
  • Caoa Chery Tiggo 2 (2017 a 2019) – Desligamento do motor
  • BMW 323Ci, 323i e 328i (1998 a 2000) – Airbag (ação complementar)
  • Fiat Argo, Grand Siena, Nova Strada e Mobi (2020 a 2021) – Batentes das portas
  • Mitsubishi ASX e Outlander (2016 a 2017)- Sistema de freios
  • Citroën C3 Picasso e Aircross (2010 a 2011) – Sistema de airbag

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.