Você está lendo...
Lamborghini lança série de vídeos para celebrar 50 anos do superesportivo Countach
História

Lamborghini lança série de vídeos para celebrar 50 anos do superesportivo Countach

Primeiro vídeo traz a participação de Marcello Gandini, designer que criou o visual inconfundível do Lamborghini Countach, que marcou época

Redação, Com Luis Filipe Santos, especial para o Jornal do Carro

18 de jul, 2021 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Lamborghini Countach
Lamborghini Countach ganhará nova versão híbrida após 50 anos do seu primeiro lançamento.
Crédito:Lamborghini/Divulgação

A Lamborghini lançou uma série de vídeos em suas redes sociais para celebrar os 50 anos do lançamento do superesportivo Countach, um dos modelos mais importantes da sua história. O primeiro episódio (veja abaixo) conta com a presença do designer Marcello Gandini, simplesmente o criador do visual futurista e singular do Countach. A websérie terá mais três episódios, sempre às segundas-feiras.

No vídeo, Gandini explica que a inspiração para desenhar o Lamborghini Countach veio, então, de muitas mudanças que ocorriam na época. Dentre elas, a corrida espacial entre Estados Unidos e Rússia, bem como a criação dos primeiros supercomputadores.

Da mesma forma, influenciaram também a preferência por motivos geométricos e as muitas cores no design. Assim, o cupê abandonou as formas curvas dos anos 60, e apresentou linhas agudas e afiadas. Outra novidade foram as portas, com abertura vertical.

Publicidade


Motor V12 e zero a 100 km/h em 5 segundos

O Countach teve seu protótipo, o LP 500, lançado oficialmente no Salão do Automóvel de Genebra, em 11 de março de 1971. O nome veio de uma expressão do dialeto piemontês do italiano, que significa “admiração e encantamento”. A intenção era que o modelo substituísse o (também icônico) Miura e, portanto, fosse um novo superesportivo para a década que se iniciava. No que, afinal, foi indiscutivelmente bem-sucedido.

Como de costume, a sigla no nome indica a posição do motor do Lamborghini. Ou seja, no caso do Countach, a posição longitudinal traseira (Longitudinale Posteriore, em italiano), na qual o enorme motor V12 fica alocado. O poderoso trem de força de 5 litros (4.971 cc) entregava 440 cv a 7.500 rpm, além de 49,8 mkgf de torque a 5.000 rpm, com tração traseira.


Dessa forma, o superesportivo era capaz de chegar aos 100 km/h em apenas 5 segundos, bem como atingir a velocidade máxima de 300 km/h. Mesmo sem a carroceria constituída da fibras de carbono, a primeira versão do esportivo tinha o peso baixíssimo: só 1.130 kg.



Lamborghini Countach
Lamborghini/Divulgação

Um pouco de história

Após alguns ajustes para se tornar mais funcional, o Countach LP 400 passou a ser vendido a partir de 1973, e foi produzido por 17 anos ao longo de cinco ‘gerações’. Em 1978, a Lamborghini, então, lançou o LP 400 S, que trouxe melhorias em relação ao antecessor.


Quatro anos depois, em 1982, veio o Countach LP 5000 S, com estética diferente, embora tenha mantido as linhas originais, mas com interior revisto. Por fim, em 1985, estreava o LP 5000 Quattrovalvole. A última versão surgiu em 1988, o Countach 25th Anniversary.

No total, 1.999 unidades foram vendidas pela Lamborghini, e, por diversas vezes, o Countach apareceu em filmes como símbolo de status e sofisticação. Não por acaso, o modelo da marca do touro se tornou sonho de consumo de muitos jovens da época.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”