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Fiat Punto pode voltar em nova geração sobre a base do Peugeot 208
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Fiat Punto pode voltar em nova geração sobre a base do Peugeot 208

Sem o Punto desde 2018, Stellantis confirma volta da Fiat ao segmento B com nova geração do hatch sobre a mesma base CMP dos franceses da PSA

Vagner Aquino, Especial para o Jornal do Carro

05 de ago, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Fiat
Nova geração do Punto vai colocar Fiat de volta em segmento de compactos na Europa
Crédito:Sergio Castro/Estadão
punto

Enquanto, praticamente, todas as atenções das fabricantes de veículos estão voltadas ao mercado de SUVs, a Fiat parece querer investir no segmento de hatches. Foi isso que a Stellantis deu a entender, nesta semana, durante apresentação dos resultados do 1º semestre. Dentre as afirmações, o grupo deixou claro que voltará ao segmento B – de compactos – em 2023. A citação causou alvoroço, pois, trata-se da nova geração do Punto.

O modelo – que nasceu em 2005 pelas mãos do designer Giorgetto Giugiaro – usará na nova geração, de acordo com o grupo, uma plataforma comum. Nesse sentido, o hatch seguirá a mesma cartilha do atual Opel Corsa, Citroën C3 e Peugeot 208, e adotará a arquitetura modular CMP da PSA Peugeot Citroën, que desde janeiro faz parte da Stellantis.

Fiat
Peugeot/Divulgação

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Antes de contar sobre o que é esperado, cabe salientar que o Punto saiu de linha em 2018. No Brasil, foi substituído pelo Argo. Na Europa, no entanto, a lacuna não foi preenchida. Por lá, a italiana aposta na família 500 e, no mais, trabalha com Panda (equivalente do Uno) e Tipo.

Novo Punto será eletrificado

Com o Argo já em meia-vida (a média de uma geração de veículo dura oito anos), e o “Grande Punto” europeu fora de linha, uma solução natural da Stellantis é usar a mesma arquitetura (mecânica e eletrônica) para várias marcas. Isso otimiza custos. Assim, com o mercado europeu cada vez mais rígido em relação às emissões, é fato que a Fiat – querendo ou não – vai investir em sistemas híbridos para o hatch.

Mas, até o momento, não há nada de concreto. Pode até ser que a Stellantis se beneficie do brasileiro Pulse, e fabrique um Punto com ares de SUV para vender mundialmente. Afinal, a moda agora são os mini-SUVs, e até o Volkswagen Gol deve aderir. Tudo é possível.


Motor T4 1.3 turbo GSE da Stellantis terá potência acima dos 180 cv com etanol
Stellantis/Divulgação

Em questão de motorização, o novo Punto poderá se beneficiar dos motores a combustão 1.0 e 1.3 da família GSE (já usados por marcas do grupo por aqui, como Fiat e Jeep). E, quem sabe, uma versão elétrica, a exemplo do próprio Peugeot 208.

Carros da Stellantis terão mesma base

Por falar em eletrificação, a Stellantis, nesse sentido, também tem planos para Alfa Romeo, DS e Lancia, que são marcas do grupo menos conhecidas dos brasileiros. Com a meta de unificar todos os modelos de suas marcas sobre arquiteturas compartilhadas, e cada vez mais sustentáveis, todas já têm planos de excluir a combustão de vez do portfólio a curto prazo.


A italiana terá apenas carros elétricos a partir de 2027. Isso valerá, no entanto, para Europa, EUA e China. Já as demais, não abandonarão totalmente a combustão, mas terão algum tipo de eletrificação em todos os modelos do portfólio. Seja como for, uma coisa é certa: o novo Punto, atualmente, está fora dos planos para o Brasil.

Por aqui, a marca italiana seguirá com Argo e Cronos por alguns anos. A tendência, assim, é que a dupla receba uma reestilização em 2022 que virá com os novos motores turbo da família GSE. Ou seja, o 1.0 GSE turbo (que estreia em setembro no SUV Pulse), bem como o 1.3 turbo já presente na picape Fiat Toro e no SUV Jeep Compass.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.