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Kombi e Fusca renascerão em versões 100% elétricas em março
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Kombi e Fusca renascerão em versões 100% elétricas em março

Kombi elétrica terá duas versões de estreia e tem chances de chegar ao Brasil; Reinterpretação do Fusca será feita pela chinesa Great Wall

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

08 de fev, 2022 · 7 minutos de leitura.

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GWM Ora Punk Cat
ORA Punk Cat é o clone chinês feito pela Great Wall do Fusca da Volkswagen
Crédito:GWM/ORA

Os dois modelos mais carismáticos e icônicos da Volkswagen, Fusca e Kombi estão próximos de voltar às ruas, mas em situações bastante distintas. Primeiramente, a marca alemã vai lançar, no dia 9 de março, a aguardada van elétrica ID.Buzz, que terá versão de passageiros e de carga (furgão). O utilitário é claramente inspirado na velha Kombi, resgatando o estilo clássico do modelo, mas com toques modernos e motor 100% elétrico. Por isso, é chamado por muitos de ”Kombi elétrica”.

Assim como a Kombi, o Fusca também vai ressurgir completamente renovado. Mas, ao contrário do que se esperava, não será pelas mãos da marca alemã. Quem agarrou essa oportunidade foi a chinesa Great Wall, que vai lançar o Ora Punk Cat, um hatch elétrico que reproduz as linhas do clássico da VW do ano 1960.



”Kombosa” elétrica

Como já adiantamos no Jornal do Carro, a Volkswagen anunciou, em janeiro, o início da pré-produção da ID.Buzz através de um vídeo teaser divulgado em todas as redes sociais da marca. Além disso, também confirmou um evento com unidades camufladas, que acontecerá em Barcelona, ainda neste mês de fevereiro.

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kombi elétrica
Reprodução/Volkswagen

No entanto, apesar dos spoilers, a VW vem fazendo bastante mistério em relação ao novo modelo. Por isso, não se tem confirmações de como será a Kombi elétrica. Nas imagens apresentadas no mês passado, foi possível identificar novos faróis com linhas em LED. Um dos destaques, mesmo com a camuflagem, ficou para o para-choque, que tem vazados em formato de losangos. As rodas também aparecem com um design exclusivo.

VW ID Talk/Reprodução

Recentemente, imagens do interior vazaram em no fórum VW. ID Talk. Pelas imagens, é possível notar uma forte semelhança com a dos elétricos ID.3 e ID.4 – com quadro de instrumentos digital e uma grande tela no centro do painel. As fotos também mostram um esquema de pintura em dois tons. Ou seja, assim como na “Velha Senhora”, o conjunto “saia e blusa” deve estar presente, ainda que como opcional.

Outro ponto que também não se tem certeza é a motorização. Contudo, ao que parece, a nova Kombi deverá ter configurações de tração traseira e integral. A potência deve ficar no intervalo de 170 a 300 cv, dependendo da versão, e pode ter uma autonomia em torno de 500 km.

Ambas as versões estão previstas para chegar na Europa no segundo semestre de 2022. E, para os amantes da van elétrica aqui do Brasil, há uma grande chance do modelo chegar ao país. No entanto, é preciso aguardar para entender qual realmente será a estratégia da montadora.  


kombi
Volkswagen/Reprodução

Clone elétrico do Fusca, só na China

Apresentado na edição 2021 do Salão de Xangai, o Fusca elétrico reproduz os principais elementos estéticos que consagraram o hatch da Volkswagen. O lançamento do Punk Cat, que vai acontecer no dia 30 de março, será feito apenas na China. Ou seja, não há muitas expectativas para os brasileiros. Apesar da Great Wall estar chegando agora no mercado nacional, sua prioridade inicial será voltada para SUVs e picapes.

Estilo moderno

Para capturar a essência do tradicional fusca, o ORA Punk Cat reproduziu o capô em arco envolvido pelas grandes e abauladas caixas de rodas. E, claro, a pintura estilo “saia e blusa”, que, no modelo chinês, combina um verde escuro com branco.


ORA Punk Cat Fusca elétrico
Carscoops/Reprodução

Mesmo por dentro, a montadora buscou recriar o ícone da Volkswagen projetado por Ferdinand Porsche. A cabine tem estilo absolutamente retrô, que incluí saídas de ventilação que imitam turbinas, bem como o volante clássico com um aro metálico que servia para acionar a buzina.

A despeito do visual “anos 60”, o Fusca elétrico chinês traz uma grande tela multimídia no topo central do painel, em formato retangular e com imagens de alta definição. O sistema é conectado à internet 5G, o que permitirá atualizações remotas pelos usuários. Já o quadro de instrumentos tem uma tela redonda, também retrô.


ORA Punk Cat Fusca elétrico
Carscoops/Reprodução

Uma das vantagens das plataformas de carros elétricos é o aproveitamento de espaço. Pois o Punk Cat se destaca nesse quesito, com quatro portas e ótimo acesso ao banco traseiro, que conta até com saídas de ventilação. Há luxos como bancos dianteiros com ajustes elétricos, carregador de celular sem fio (por indução) e teto solar panorâmico. Sobre a motorização, por enquanto, não há nenhuma informação.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”