Primeira Classe

Ford GT inspira mesa de pebolim e guitarra

Objetos criados por designers da Ford estão expostos no Salão do Móvel de Milão

Rafaela Borges

17 de abr, 2015 · 4 minutos de leitura.

Ford GT inspira mesa de pebolim e guitarra
Crédito: Objetos criados por designers da Ford estão expostos no Salão do Móvel de Milão

A Ford está participando da mais importante mostra de arquitetura do mundo, o Salão do Móvel de Milão, que termina no dia 20 na Itália, com objetos inspirados no novo GT, cuja versão conceitual foi mostrada no Salão de Detroit (EUA), em janeiro. As peças foram criadas no estúdios globais da marca pelos designers que trabalharam na concepção do carro.

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Entre os objetos estão uma guitarra, um pequeno veleiro e uma mesa de pebolim. Todos trazem um ar futurista em seus desenhos.

Um dos profissionais a participar do desenvolvimento desses objetos foi Rafael Rego, brasileiro que atua no estúdio instalado na sede da Ford em Dearborn, cidade próxima a Detroit, no Estado americano de Michigan.

Rego, que já atuou no estúdio da Ford em Camaçari, na Bahia, projetou a mesa de pebolim. Ele começou a criar a peça por meio de um gramado sintético. Já a cobertura curva de acrílico transparente tem o objetivo de passar a impressão de um estádio de verdade, segundo Rego.


O designer diz também que os jogadores podem dar chutes potentes, de até 40 km/h, na mesa. “A ideia foi criar um design limpo, que não impeça a visão dos jogadores em qualquer ângulo”, diz.


O FORD GT

A versão definitiva do superesportivo mostrado em Detroit tem lançamento confirmado para 2016. O carro é uma releitura do GT40, dos anos 60, com o qual a montadora venceu quatro vezes a 24 Horas de Le Mans, na França.

Não é à toa que a chegada do novo GT vai coincidir com o retorno da marca para a prova de longa duração. A Ford deve se reunir à Audi, Toyota, Porsche e Nissan na 24 Horas de Le Mans a partir de 2016.


Mas voltando ao GT, o carro já teve uma primeira geração, feita em 2005 e 2006, com produção de 4 mil unidades. Ele tinha motor 5.4 V8 com compressor mecânico, que atingia 550 cv de potência. Ele acelerava de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e alcançava velocidade máxima de 330 km/h.

No caso do protótipo do novo carro, trata-se de um belo superesportivo com carroceria de fibra de carbono e alumínio, para garantir peso baixo. O motor central traseiro agora é V6, da linha Ecoboost, que combina turbo e injeção direta de gasolina. Por isso, ele gera mais potência: são 600 cv.


Apesar de ainda não ter sido lançada, a versão final já tem preço final estimado. De acordo com um executivo da marca, ele ocupará a mesma faixa de preço do Aventador, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 1,4 milhão e, no Brasil, R$ 3,5 milhões.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”