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Segredo: novos Fiat Argo e Cronos chegam em julho com câmbio CVT
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Segredo: novos Fiat Argo e Cronos chegam em julho com câmbio CVT

Hatch e sedã da Fiat ganharão conjunto mecânico do SUV Pulse, com motor 1.3 Firefly flex e câmbio CVT, para serem os automáticos mais baratos

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

09 de jun, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Fiat Argo
Fiat Argo teve reajustes de até R$ 2.500
Crédito:Fiat/Divulgação

A Fiat prepara o lançamento dos novos Argo e Cronos com atualizações visuais e na mecânica. A dupla de compactos terá leves retoques no visual, sem alterar muito os faróis e as lanternas. Ou seja, será uma plástica leve com foco na adição de tecnologias, como a multimídia conectada de 8″ do SUV Pulse. Hatch e sedã estreiam até o fim de julho.

Argo e Cronos também terão um reforço importante na mecânica, para, quem sabe, serem os carros automáticos mais acessíveis do mercado. A dupla ganhará o câmbio CVT que simula 7 marchas. Ele virá com o motor 1.3 Firefly flex já na versão do Pulse, com menos de potência e torque, para se adequar aos novos limites do Proconve L7.

Fiat
Fiat/Divulgação

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De acordo com reportagem publicada pelo Motor1 Argentina, que entrevistou o diretor comercial da Fiat no País, Pablo García Leyenda, a linha 2023 de Argo e Cronos terá catálogo de versões revisto. Vale lembrar que a dupla já contou até com opções do câmbio automatizado GSR. E ainda tem o câmbio automático de seis marchas nas versões mais caras. Entretanto, o motor 1.8 Etorq foi aposentado por conta das novas regras do Proconve.

Herança do Pulse

De acordo com o site argentino, outra carta na manga da Fiat é uma nova versão topo de linha dos modelos com o câmbio CVT e o motor 1.0 turbo de injeção direta. Ele também trabalha em conjunto com a transmissão automática que simula sete marchas.

Os planos para o modelo estão a todo vapor, afinal, na Argentina, o sedã é um sucesso. Enquanto no Brasil o Cronos é o 19º colocado no ranking geral de vendas de automóveis e comerciais leves, no país vizinho é o líder de vendas, seguido por Toyota Hilux e Chevrolet Cruze. Por causa disso, suas exportações quadruplicaram de 2020 para cá, e “a vida útil do Cronos está se alongando”, afirma Leyenda.




Fiat Pulse SUVs ranking
Fiat/Divulgação

Plástica leve

De acordo com o Autos Segredos, que flagrou o Fiat Argo em testes, o hatch terá visual levemente modificado. O tapinha traz mudanças no para-choques dianteiro, na grade e nas rodas, mas não vai alterar faróis, capô e para-lamas. Por fora, ganhará novos adesivos a depender da versão. Na traseira, nada muda. O mesmo será feito no Cronos.

Apesar da leve reformulação, os compactos terão mais equipamentos de série. Na segurança, por exemplo, adotarão airbags laterais dianteiros como opcional. Desse modo, ganhará os bancos dianteiros do Pulse. O volante também virá do SUV. E os controles de estabilidade e de tração virão de série, mas só nas versões mais caras.


Motores e versões

Dessa forma, a gama ficará assim: 1.0, 1.0 Drive, 1.3 Drive Manual, 1.3 Drive CVT, 1.3 Trekking e 1.3 Trekking CVT – as duas últimas exclusivas do hatch Argo. Na mecânica, o motor 1.0 flex de três cilindros vai manter os 71 cv de potência e 10 mkgf de torque com etanol, e o câmbio manual de cinco marchas. Já o 1.3 terá 2 cv a menos, com 75 cv de potência máxima e 11,7 mkgf de torque a 3.250 rpm. Este terá opção manual ou automática CVT.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”