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Lifan ressurge na China com ajuda da Geely, e passa a se chamar Livan
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Lifan ressurge na China com ajuda da Geely, e passa a se chamar Livan

Joint-venture entre Geely e Lifan ressuscita marca chinesa, que renasce com novo nome e SUVs elétricos com produção confirmada para 2023

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

28 de jun, 2022 · 5 minutos de leitura.

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chinesas
Para contribuir com a aerodinâmica, Livan 7 aposta em ausência de maçanetas e retrovisores substituídos por câmeras
Crédito:Reprodução/DigitNews

A Lifan foi uma das primeiras marcas chinesas a chegar ao mercado brasileiro. Foi no início da última década, quando lançou por aqui o hatch compacto 320 – uma cópia do Mini Cooper. A montadora chegou a lançar outros modelos e até ter uma rede de concessionárias no País. Entretanto, abriu falência na China em 2020, e sumiu do mercado, encerrando a pequena linha de montagem que mantinha no Uruguai no ano seguinte. O SUV compacto X60 (foto abaixo) chegou a ser o carro chinês mais vendido do Brasil. Em 2014, emplacou 4.586 unidades.

Lifan
Lifan/Divulgação

Pois a Lifan está de volta, mas com outro nome. A montadora agora se chama Livan e tem gestão da gigante chinesa Geely. O novo nome pretende internacionalizar, bem como eletrificar a antiga Lifan. A apresentação ocorreu no Salão do Automóvel de Chongqing, terra natal da montadora.

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A nova marca, portanto, pretende ter portfólio com seis modelos até 2025. Como principais características, a princípio, há adoção de uma nova plataforma (Crystal Platform) e novas baterias de tração – utilizadas apenas por carros elétricos. Como diferenciais, aposta na plataforma com troca de baterias em estações próprias. Serão 200 estações automatizadas para as trocas do componente, que vem em cápsulas, em apenas 60 segundos.

A imprensa chinesa aponta que haverá quatro opções de baterias, com 50 kWh, 70 kWh, 80 kWh e 90 kWh. Além disso, a garantia do conjunto será de 8 anos ou 800 mil km.



Reprodução/DigitNews

Carros

Durante o evento, a nova marca apresentou modelos elétricos, com destaque para os Livan 7 e 9. Embora sem muitos detalhes, o primeiro deles carrega a denominação Concept L. Ele segue a moda dos SUVs com estilo de cupê e promete autonomia de até 750 km no ciclo CLTC, utilizado na China. Com tração dianteira ou integral, acredita-se que terá opção de dois motores elétricos. Assim, vai de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. No mais, tem até maçanetas retráteis e câmeras no lugar dos retrovisores, tudo para melhorar a aerodinâmica. Tanto que seu coeficiente aerodinâmico (Cx) é de 0,24. O carro ainda tem sensores LiDAR, com sistema de condução autônoma de nível 3.

Reprodução/DigitNews

Já o Livan 9 será um SUV de sete lugares ao estilo Jeep Commander. Tem 4,80 metros de comprimento e carroceria com linhas retas. Ainda sem detalhes divulgados, sabe-se apenas que o modelo terá motorização elétrica com alimentação por baterias.


Lifan no Brasil

Mesmo com o site de vendas ainda ativo, a Lifan praticamente não existe no Brasil. Além de sair do quadro de associados da Abeifa, associação das importadoras de veículos, a marca chinesa não tem vendas registradas pela Fenabrave.

Vale lembrar que, em fevereiro de 2020, no início da pandemia de Covid-19 no Brasil, a Lifan emitiu nota à imprensa afirmando a manutenção de suas vendas e pós-vendas. Entretanto, em breve consulta, nota-se que a gama de veículos – X80, X60 e 530 Talent – é datada de 2018/2019. Quem sabe, agora, haja um novo rumo por meio da eletrificação. Inclusive, a ideia é que a produção do Livan 7 e do Livan 9 comece já em 2023 na China.


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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.