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Volkswagen ‘acelera’ e terá 15 novos carros no Brasil e região até 2025
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Volkswagen ‘acelera’ e terá 15 novos carros no Brasil e região até 2025

Com foco na eletrificação, Volkswagen vai investir R$ 7 bilhões na América do Sul para lançar modelos flex, híbridos e elétricos em três anos

Diogo de Oliveira

20 de set, 2022 · 7 minutos de leitura.

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Volkswagen
Volkswagen confirma novos planos com 15 lançamentos para o Brasil e demais países da América do Sul até 2025
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Logo após lançar o novo Polo, a Volkswagen anunciou nesta terça-feira (20) um novo ciclo de investimentos para a América do Sul. A marca alemã vai investir R$ 7 bilhões até 2025 para lançar 15 novos veículos na região, o que naturalmente incluí o Brasil, maior mercado do bloco. Além da linha 2023 do Polo, com leve reestilização, o novo Jetta GLI também está neste pacote de lançamentos. Ou seja, serão mais 13 novidades nos próximos três anos.

Alguns destes novos modelos o Jornal do Carro já antecipou ao longo dos últimos meses. A Volkswagen prepara no momento a renovação do sedã Virtus e o lançamento do Polo Track, modelo que terá a dura missão de substituir o Gol no início de 2023. Outro que está a caminho do Brasil é o novo Tiguan Allspace, que é feito no México e voltará (em breve) com versão híbrida que estreou com reestilização feita no fim de 2021.

“Iniciamos um novo ciclo de investimento de R$ 7 bilhões que prevê a ofensiva de 15 novos produtos, com dois já lançados – Jetta GLI e novo Polo. Além disso, teremos a inauguração do nosso Centro de P&D, que irá fomentar o trabalho em torno dos biocombustíveis e na neutralização de carbono de nossos produtos. E temos novas tecnologias”, resume Ciro Possobom, COO da VW do Brasil e vice-presidente de Finanças e Estratégias de TI na região.

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Polo
Volkswagen/Divulgação

Volkswagen terá sistema híbrido leve flex

Tal como contamos aqui no JC, a Volkswagen prepara para 2023 o lançamento do inédito sistema eTSI. Este deverá ser o nome do conjunto híbrido leve flex que equipará os carros compactos nacionais da marca. A estreia deverá ficar a cargo do novo Polo, dando início à eletrificação em massa dos modelos da alemã no País. O plano da montadora é ser pioneira com a tecnologia híbrida, exatamente como foi no início do século com o sistema “Total Flex”.

O sistema híbrido da Volkswagen será o primeiro flex da marca no mundo. O conjunto traz um alternador mais potente e uma bateria de 48 volts. Eles não tracionam as rodas, mas aliviam o motor a combustão em movimento. Assim, garantem menores consumo e emissões. A tecnologia já está disponível na Europa com o motor 1.0 TSI a gasolina de 110 cv e 20 mkgf. No Polo, promete impressionar, com média de cerca de 23 km/l com o combustível fóssil.




Elétricos Volkswagen
Volkswagen/Divulgação

Elétricos a caminho

O híbrido flex é a grande aposta da Volkswagen para o Brasil. Mas a marca também vai lançar no País os modelos elétricos da gama ID. O primeiro deles será o SUV ID.4, que fez sua estreia junto ao público durante o festival de música Rock In Rio. O modelo desembarcou no início deste ano, está em fase final de testes e logo chegará às lojas brasileiras. Além dele, a VW deve lançar o hatch ID.3, que tem tamanho de Golf, e a ID.Buzz, releitura moderna da Kombi.

Novas Amarok e Saveiro

Até agora apontamos apenas seis dos próximos 13 lançamentos. Ou seja, tem muito mais modelos nos planos da Volkswagen. Nessa conta podemos incluir, por exemplo, a picape média Amarok, que ganhará nova atualização na Argentina também em 2023. Além dela, a VW já desenvolve a nova geração da Saveiro, prevista para estrear em 2024. A picape renascerá sobre a plataforma MQB-A0, mesma base de Polo, Virtus, Nivus e T-Cross.


Volkswagen Amarok
Divulgação/Volkswagen

Há ainda a expectativa pela inédita picape Tarok, com produção também na Argentina sobre a base do SUV médio Taos. O protótipo surgiu em 2018, no último Salão do Automóvel de São Paulo, mas foi feito na época sobre o SUV compacto T-Cross. Com a arquitetura maior do Taos, a futura picape terá porte intermediário para disputar vendas com modelos como Ford Maverick e Hyundai Santa Cruz. No Brasil, o alvo seria naturalmente a Fiat Toro.

Gol vai virar mini SUV

Entretanto, a cereja do bolo deste novo investimento será o mini SUV de entrada, com lançamento previsto para 2025. Ele ficará posicionado abaixo do Nivus, como preço acessível – será algo como fez a Stellantis com o novo Citroën C3. Apesar de o Polo Track ser o substituto do atual Gol, o projeto do pequeno utilitário é considerado o “novo Gol”. Afinal, será uma criação da filial brasileira, tal como o veterano hatch que está à venda no País desde 1980.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.