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Carro elétrico mais barato do mundo tem até versão conversível, veja fotos
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Carro elétrico mais barato do mundo tem até versão conversível, veja fotos

Chamado de Wuling Hong Guang Mini EV, hatch elétrico ganha capota e possui apenas dois lugares; foco do minicarro é o público jovem

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

18 de set, 2022 · 5 minutos de leitura.

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mini elétrico
O Wuling Hong Guang vendeu 400 mil unidades em 2021
Crédito:

O Wuling Hong Guang Mini EV, carro elétrico mais vendido na China, acaba de ganhar uma versão conversível. O pequeno hatch, feito em parceria com a General Motors, é considerado atualmente o modelo a baterias de mais barato do mundo. No país asiático, desbanca o Tesla Model Y, elétrico mais vendido até agosto. A marca ainda não divulgou os preços. Mas o mini conversível deve ficar na faixa dos 80 mil yuans, ou seja, cerca de R$ 60 mil.

No mercado chinês, o Wuling Hong Guang faz muito sucesso. Para se ter uma ideia, ele vendeu mais de 400 mil unidades apenas em 2021. Ao todo, o mini hatch elétrico mede 3,05 metros de comprimento e tem só 2,01 m de entre-eixos. Apesar de compacto, sua estrutura tem 65% de aços de alta ultra resistência, conferindo uma célula resistente. No visual, tem inspiração na versão original, Game Boy. Assim, a estética é “quadrada”.

mini elétrico
Reprodução/Wuling

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Com foco no público jovem, a configuração conversível, chamada de Cabrio, possui espaço para duas pessoas. Afinal, a segunda fileira agora comporta a capota. Um dos destaques é a carroceria em dois tons. No mais, diferente do modelo anterior, o microcarro com capota calotas de seis raios, com visual mais esportivo.



Por dentro

No interior, o EV mantém linhas simples, com opções de cores cinza e branco. Contudo, há uma variante com acabamento em vermelho, que traz elegância. No geral, o modelo mantém o conceito minimalista, com elementos cromados, poucos botões e bancos e volante cobertos com couro. Feito para ser barato, ele descarta modernidades como multimídia.

Reprodução/Wuling

Entretanto, o Cabrio conta com um quadro de instrumentos digital de 10 polegadas. Assim, na parte central do painel, traz um rádio com botões, além dos comandos do ar-condicionado. Na segurança, o hatch tem airbag duplo, assistente de partida em rampa, câmera de ré, abertura e fechamento de portas inteligente, entre outros.

280 km de autonomia

O carrinho elétrico é equipado com um motor de 30 kW, o equivalente a 41 cv de potência. O torque supera o de muitos modelo 1.0 flex e gera 11,2 mkgf instantâneos. Com esse conjunto, o hatch consegue atingir uma velocidade máxima de 100 km/h. O pacote de baterias é de 26,5 kWh. Assim, o modelo tem autonomia de 280 km com a carga completa. Mas vale dizer que o alcance é inferior à versão Game Boy, que tem 20 km a mais (300 km).

Reprodução/Wuling

Um fato curioso é que, no começo de setembro, a join-venture SAIC-GM-Wuling anunciou que os interessados em comprar a versão conversível precisam se inscrever em um sorteio. Portanto, no dia 21 deste mês, a marca vai anunciar as primeiras 200 pessoas para comprar o conversível com exclusividade. De acordo com informações preliminares, no dia 5 de setembro as inscrições já ultrapassavam 113 mil cadastros. A entrega tem previsão de 90 dias.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”