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Novo VW Virtus tem desenhos industriais registrados no Brasil
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Novo VW Virtus tem desenhos industriais registrados no Brasil

Registro de patentes revela que o Virtus 2023 tem o mesmo visual do modelo indiano; sedã deve estrear no Brasil em 2022 juntamente com o novo VW Polo

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

08 de set, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Volkswagen Virtus
Volkswagen Virtus 2023 terá para-choques mais parrudo e nova iluminação de LEDs
Crédito:Reprodução

Tal como fez na Argentina, a Volkswagen acaba de registrar as patentes do novo Virtus no Brasil. Os desenhos industriais foram publicados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O sedã compacto, que pode chegar ao País ainda em 2022, receberá uma leve plástica, com foco na dianteira. Vale dizer que o sedã e o novo hatch Polo, que chegará em breve ao mercado brasileiro, foram flagrados em testes. No entanto, a VW mantém segredo sobre a data de estreia dos dois.

Como antecipamos, as patentes são iguais às registradas na Argentina. Ou seja, revelam o visual da versão lançada recentemente na Índia. No entanto, há algumas particularidades. Esse é o caso, por exemplo, do novo para-choque, que ficou com visual mais parrudo. O desenho lembra o do irmão Nivus, com entradas de ar maiores e luzes de neblina integradas. A grade ficou mais fina e tem acabamentos cromados, além do novo logotipo da Volkswagen no centro.

Virtus
Volkswagen Virtus 2023 deve chegar até o fim de 2022 – Volkswagen/Divulgação

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Ao que parece, a principal diferença para o sedã indiano são os faróis. Por aqui, o modelo vai ter LEDs apenas na parte superior, e não em todo o conjunto óptico. O desenho dessa área da dianteira, inclusive, remete ao novo Jetta, que estrou em abril. A traseira, por sua vez, traz lanternas redesenhadas. Agora, elas têm novo formato interno. O para-choque, que também cresceu, tem acabamento preto e frisos cromados na parte inferior. Por fim, o nome Virtus pode vir escrito por extenso na tampa.

Volkswagen Virtus
Reprodução

Por dentro

Mantendo o mistério, a Volkswagen não deu nenhum spoiler de como será a cabine do Virtus brasileiro. Mas, parece que haverá importantes mudanças no acabamento, já que o sedã vendido na Índia recebeu novos materiais e painel repaginado. O volante vai ser novo, bem como a alavanca de câmbio. Além disso, há novos controles dos faróis e doar-condicionado digital. Na versão GT, de topo da linha, há detalhes com pegada mais esportiva, com itens pretos e vermelhos.


No quesito equipamentos, há carregador de smartphone por indução, teto solar, bancos dianteiros ventilados e um painel de instrumentos 100% digital com tela de 8 polegadas. A central multimídia, por sua vez, vai ter 10’’. Na parte de segurança, o sedã compacto terá tecnologias como controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, controle eletrônico de estabilidade e detector de pedestres, entre outros.

Reprodução

Motor do UP!

Como adiantado pelo Jornal do Carro, a renovação do Virtus virá com o motor 1.0 turbo flex de três cilindros, do Up TSI. Mas, em vez de 105 cv de potência, o sedã poderá chegar até 116 cv. O torque permanece o mesmo, sendo 16,8 mkgf com etanol. O câmbio poderá ser manual de 5 marchas ou o automático de seis velocidades. Já nas versões mais caras, o Virtus terá o motor 1.0 TSI de 128 cv e torque máximo de 20,4 mkgf. Por fim, a variante esportiva GTS continuará com o 1.4 TSI, que entrega até 150 cv de potência e 25,5 mkgf.




Com as novas versões 170 TSI no Virtus e no Polo, a Volkswagen vai melhorar o consumo dos dois compactos. O plano, por sinal, era de que hatch e sedã fossem os carros com motor 1.0 turbo flexível mais econômicos do País. No entanto, a tabela do Inmetro revela que os VW perdem para o Onix Plus. Com câmbio manual de seis marchas, o sedã da Chevrolet faz 16,9 km/l de gasolina na estrada.

Volkswagen/Divulgação

Por sua vez, o Virtus 170 TSI faz médias de 16,3 km/l na cidade e de 13,8 km/l na cidade também com gasolina. Já com o combustível vegetal, az médias são de 11,4 km/l e 9,6 km/l. Com câmbio automático, os dados são de 15,6 km/l e 12,4 km/l, com gasolina, e de 11 km/l e 8,7 km/l, respectivamente.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”