Placa Amarela

Parabéns, Fusca

Encontro em São Bernardo do Campo, no Dia Nacional do besouro, atrai 1,7 mil carros e 11 mil pessoas

Roberto Bascchera

23 de jan, 2017 · 5 minutos de leitura.

Parabéns, Fusca
Crédito: Encontro em São Bernardo do Campo, no Dia Nacional do besouro, atrai 1,7 mil carros e 11 mil pessoas

Variedade de cores e de estilos de customização: versatilidade

As cerca de 11 mil de pessoas que passaram pelo São Bernardo Plaza Shopping, entre visitantes e expositores, as três toneladas de alimentos arrecadadas para instituições de caridade e os 1.700 Volkswagens que lotaram o estacionamento do centro de compras – segundo os números oficiais – não deixam dúvidas: o besouro está mais vivo do que nunca.

Na manhã de domingo (22), uma grande festa celebrou o Dia Nacional do Fusca. O encontro, há 28 anos no calendário oficial dos eventos de carros clássicos do País, foi organizado pelo Fusca Clube do Brasil. A data de 20 de janeiro foi instituída em 1989 pelo à época Sedan Clube e presidido por Alexander Gromow, com participação da Volkswagen do Brasil. Desde então, a cada ano, o interesse só aumenta, como mostra o Especial publicado pelo “Estado” em 2016 (https://infograficos.estadao.com.br/jornal-do-carro/fusca-paixao-que-nao-acaba/index.php).

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A chuva incessante dos últimos dias deu uma trégua na manhã de domingo, o que animou ainda mais o evento. “Foi melhor que nossas expectativas, tínhamos receio de que o tempo atrapalhasse”, disse o presidente do Fusca Clube, Ervin Moretti. A festa em São Bernardo – apenas uma das várias que aconteceram pelo País – era do Sedan, mas “primos” com motor Volkswagen refrigerado a ar também brilharam. Kombi, Variant, Brasília, TL, Puma, buggies, a primeira geração do Gol e até um raro fora-de-série Emis Art marcaram presença.

Fuscas perfilados no estacionamento do shopping

Os estilos, como sempre, foram os mais variados. O Fusca rat look do artesão Joaquim Freire foi um dos carros que mais chamaram a atenção das crianças. Entre os diversos “equipamentos” do Sedan 1971, destacava-se uma réplica de crânio humano no lugar do filtro de ar do motor. Com um dispositivo acoplado ao carburador, a caveira mexia a mandíbula e duas luzes verdes se acendiam nos buracos dos olhos a cada acelerada de Freire. “Uni minha paixão pelo Fusca ao artesanato. E vivo disso”, explicou.

O artesão Joaquim Freire e seu rat
A caveira em ação: cereja do bolo

Fusca 1951: customização
Público compareceu e viu carros de diversos estilos
A Kombi, outra paixão do brasileiro


Miniaturas, outros “brinquedos” dos donos de Fuscas
Por onde passa, carro chama atenção
Feira de peças e acessórios não poderia faltar
Emis Art, fora de série nacional com mecânica VW 1.6 refrigerada a ar
A beleza de um exemplar original

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”