Placa Amarela

Táxi de NY. Em SP

Paixão pelos amarelinhos leva economista a desenvolver réplica

Roberto Bascchera

16 de mar, 2017 · 4 minutos de leitura.

Táxi de NY. Em SP
Crédito: Paixão pelos amarelinhos leva economista a desenvolver réplica

O economista e sua criação

O economista João Ranieri nunca foi taxista nem tem planos de ser, mas, apaixonado pelos carros amarelos que são um dos símbolos de Nova York, resolveu montar uma réplica, tão fiel quanto possível, para rodar pelas ruas de São Paulo.

O projeto, que consumiu dois anos de trabalho, impressiona pelos detalhes. Para começar, Ranieri adquiriu um Ford Taurus 1994 em bom estado de conservação. A partir daí, e de uma minuciosa pesquisa na internet – além de inúmeras viagens a Nova York, onde hoje rodam 13,8 mil amarelinhos -, ele mandou confeccionar a película na tonalidade exata para envelopar o carro, originalmente prata.

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Também reproduziu o jogo completo de adesivos, luminoso de teto e até chaveiro. Outro detalhe lembrado foram os bumpers, barras de proteção nos para-choques dianteiro e traseiro.

A traseira com a barra de proteção e os adesivos

Como o carro também é usado em eventos pelo filho, João Guilherme, Ranieri fez uma réplica da placa da licença do motorista, que vai colada no painel e é outra marca registrada da categoria. “O táxi amarelo é um ícone de Nova York, assim como o Austin preto reina nas ruas de Londres. Como é difícil obter um Austin por aqui, resolvi partir para a solução possível”, explicou.

‘Licença’ do filho, João Guilherme

Para quem acha exótico um economista montar uma réplica de táxi nova-iorquino apenas por diversão, Ranieri avisa: já está preparando uma caminhonete de bombeiros, com base num Ford Explorer 2000, e uma viatura de polícia, também com um Ford Taurus 1994.


O luminoso feito sob encomenda
O chaveiro personalizado
Interior caracterizado
Rumo ao aeroporto!
Adesivo com tarifas também é reprodução do original norte-americano
Atenção, ciclista!
Disque 311

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”