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Depois de desmontar Tesla, Toyota cria giga prensa para carros elétricos
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Depois de desmontar Tesla, Toyota cria giga prensa para carros elétricos

Modelo de produção empregado pela Toyota é inspirado na Tesla, e promete baratear o custo de produção dos elétricos da marca

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

20 de jun, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Giga prensa da Toyota promete baratear custo de produção de elétricos
Crédito:Toyota/Divulgação

No início de 2023, os engenheiros da Toyota desmontaram um carro da Tesla e ficaram chocados com o que encontraram por baixo da carroceria. Pois a marca japonesa foi rápida e lançou uma inédita giga prensa para elétricos que promete baratear os futuros carros a baterias da marca.

O processo tem inspiração no modelo de produção da Tesla, e terá seus primeiros carros tomando as ruas a partir de 2026. Segundo a foto disponibilizada pela montadora japonesa, a giga prensa produzirá a seção traseira dos veículos, mesmo processo de fabricação do Model Y, por exemplo.



Seção traseira produzida pelo modelo atual (à esquerda) e pela giga prensa (à direita); (Toyota/Divulgação)

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Ainda que a Toyota não mencione as diferenças entre a antiga seção traseira e a nova, percebe-se pela foto que a antiga utiliza muitas partes em separado. Na giga prensa, a seção traseira é uma peça única, algo que segundo a empresa reduzirá o custo de produção, bem como o número de pessoas envolvidas.

Em um comunicado, a fabricante afirma que sua nova geração de elétricos será feita de três componentes principais, que formarão uma estrutura modular: as seções da frente, centro (onde ficará a bateria) e traseira. O primeiro veículo beneficiado pela nova estrutura será da Lexus, e deve chegar somente em 2026. O modelo utilizará baterias de íons de lítio de última geração, com autonomia para até 965 km.

Toyota planeja tornar-se líder mundial em baterias

No entanto, a próxima etapa do plano da montadora para se tornar “líder mundial em baterias” tem data para acontecer: entre 2026 e 2027. O plano envolve o desenvolvimento de uma bateria bipolar de fosfato de ferro e lítio, que pode reduzir em até 40% os custos em comparação com o modelo anterior, enquanto que uma bateria bipolar avançada de lítio e ferro, com 10% mais autonomia, está prevista para chegar em 2027 – 2028.


Por fim, o objetivo do plano de eletrificação da montadora ainda é uma bateria avançada de estado sólido, prevista para depois de 2028. Essa nova bateria virá com um alcance de 1.448 km de autonomia, em uma carga.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.