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Carro popular não acabou: ainda tem HB20 e algumas ofertas nas lojas
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Carro popular não acabou: ainda tem HB20 e algumas ofertas nas lojas

Poucos modelos estão disponíveis com preço reduzido pelo decreto do carro popular, entre eles Hyundai HB20, Fiat Cronos e Renault Kwid

Ana Carolina Bilatto, especial para o Jornal do Carro

19 de jul, 2023 · 4 minutos de leitura.

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HB20 2023 carro popular preço desconto
Hyundai HB20 é um dos poucos modelos a manter desconto neste mês de julho após fim dos créditos do carro popular
Crédito:Hyundai/Divulgação

O programa do carro popular se encerrou no dia 7 de julho. Ou seja, muito antes da previsão de duração, que era de quatro meses. Assim, os descontos para os carros 0-km de até R$ 120 mil durou apenas um mês. O incentivo se encerrou após as montadoras esgotarem os recursos disponíveis, que somaram R$ 800 milhões. Conforme o governo, foram vendidos cerca de 125 mil automóveis com créditos federais, e a MP 1175/23 continua apenas para caminhões, ônibus e vans.



Modelos que continuam com desconto do carro popular

Entre as montadoras que anunciaram as maiores reduções nos valores dos carros estão, Fiat, Hyundai, Volkswagen, Chevrolet, Peugeot, Renault e Citröen. Sendo assim, os estoques de algumas já acabaram ou estão prestes a acabar. Por exemplo, no site da Fiat, ainda há três modelos com o desconto do incentivo do governo, porém, deixam explícito que há poucas unidades. Entre os modelos estão, Fiat Fastback, Fiat Cronos e a Fiat Nova Strada Endurance.

Além disso, no site da Renault há a opção do Pacote de Incentivo Renault, que oferta o Kwid com até R$ 8 mil de desconto, chegando a R$ 60.990, valor próximo do oferecido com os descontos do carro popular. Já um vendedor da Chevrolet afirmou ao Jornal do Carro que “o incentivo foi ate o final do mês passado, por mais que tivesse modelos em estoque, o incentivo não estaria mais disponível”.

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Fiat Cronos preço carro popular
Fiat/Divulgação

A Hyundai é uma das poucas marcas que mantém o anúncio na TV com descontos do carro popular, no entanto, é um anúncio é referente ao bônus que a Montadora Hyundai está proporcionando no mesmo valor dos incentivos, de acordo com vendedor da marca. Ademais, Citröen e Peugeot não têm mais estoques e não há, portanto, ofertas disponíveis com desconto do carro popular.

O decreto do carro popular foi um sucesso de vendas e os descontos variavam de R$ 2 a R$ 8 mil para carros com preço até R$ 120 mil. Nesse sentido, segundo o governo, a última semana de junho teve a maior venda de carros no País nos últimos 10 anos.


Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que R$ 500 milhões em créditos ficaram disponíveis para Pessoas Físicas, e que a venda alcançou 95 mil veículos. Além disso, no dia 30 de junho, cerca de 27 mil modelos foram emplacados, novamente um recorde recente no mercado brasileiro.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.