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HB20, Ka, Duster, C3 e mais: os carros brasileiros que zeraram testes de colisão
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HB20, Ka, Duster, C3 e mais: os carros brasileiros que zeraram testes de colisão

Modelos à venda no Brasil que foram submetidos aos testes do Latin NCap já zeraram; Fiat, Renault e Hyundai também estão na lista

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

14 de jul, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Jac E-JS1
Veja a lista dos modelos a venda no Brasil que já zeraram no Latin NCAP
Crédito:Latin NCAP/divulgação

Nesta quinta-feira (13), o Latin NCAP divulgou os resultados de mais uma bateria de testes de colisão em 2023. Desta vez, o Citroën C3 passou pelas provas de impacto do órgão, e foi muito mal em todas as avaliações, zerando o crash test. Mas o novo C3 não foi o único modelo feito no Brasil a zerar as provas de segurança promovidas com veículos à venda no País e na região das Américas do Sul e Central.

Outros modelos que estão entre os mais vendidos do mercado brasileiro, como o Hyundai HB20, por exemplo, também zeraram a avaliação do Latin NCAP – e não faz muito tempo. Outro exemplo recente é o JAC E-JS1, hatch elétrico de entrada da marca, que, em 2022, foi o primeiro elétrico avaliado na história do programa, e recebeu nota zero. E não foi apenas na pontuação geral. Isso porque a proteção de passageiros adultos foi igualmente avaliada com zero (0,00%).



Jac E-JS1
Primeiro modelo elétrico a passar pela instituição zerou testes de impacto (Latin NCAP/divulgação)

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Ao todo, se levar em conta todos os testes realizados pelo Latin NCAP desde 2010, 37 veículos zeraram a avaliação. O protocolo para a realização dos testes passou por atualização em 2020, e, desde então, 15 carros já receberam nota zero na avaliação dos testes de impacto feitos pela organização sem fins lucrativos.

Destes 15 modelos que sequer pontuaram nos testes, apenas oito passaram pelo Brasil ou continuam em linha. São eles: Kia Sportage, Citroën C3, Fiat Argo, Fiat Cronos, Ford Ka Sedan, Ford Ka, Renault Duster, Hyundai HB20 e JAC E-JS1. O HB20 passou por melhorias que ajudaram a aumentar sua nota geral, assim como o Ka, que saiu de linha em 2021.

Curiosamente, modelos como Argo e Cronos, Sportage, E-JS1 e Duster continuam iguais aos exemplares avaliados pelo Latin NCAP, por exemplo. Ou seja, carros que zeraram os testes de impacto e continuam à venda no Brasil com nota baixa. Além disso, a instituição emitiu notas em que recomenda que tais modelos saiam de linha.


Os carros que foram bem nos testes de colisão

VW Virtus 2023 câmbio manual
VW Virtus é um dos modelos com cinco estrelas nos testes do Latin NCAP (Jady Peroni/Jornal do Carro)

Embora o retrospecto não favoreça os carros nacionais, há modelos no País com pontuação alta à venda. Desde que os protocolos de avaliação tornaram-se mais rígidos, em 2020, apenas oito automóveis gabaritaram o teste, e garantem mais segurança em caso de colisão. Deste grupo, apenas três não estão à venda no Brasil.

Entre os mais seguros estão Volkswagen Virtus, Taos, Nivus e Taigun, Toyota Corolla, Mitsubishi Outlander, Nissan Qashqai e Chevrolet Tracker. No entanto, entre os listados, apenas Outlander, Qashqai e Taigun não são comercializados no Brasil.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.