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Honda Accord híbrido ganha nova geração mais tecnológica; veja preço
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Honda Accord híbrido ganha nova geração mais tecnológica; veja preço

Sedã grande da Honda chega a linha 2024 praticamente sem concorrentes, com excelente consumo e tecnologia, porém cobra caro por isso

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

09 de out, 2023 · 13 minutos de leitura.

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Accord Híbrido
Honda Accord Advanced Hybrid chega em versão única e tem bons níveis de consumo
Crédito:Rodrigo Tavares/Jornal do Carro

O Honda Accord é um sedã com longa história no Brasil, que chegou no País em 1994, e agora estreia sua 11ª geração, apostando em tecnologia e baixo consumo. Considerado pela marca seu flagship, ou seja, topo de sua linha de produtos, o modelo está disponível em versão única, híbrida, com sistema e:HEV, com funcionamento similar ao irmão menor Civic.

Honda Accord híbrido ganha nova geração e está mais tecnológico

A convite da Honda, o Jornal do Carro conheceu como anda a nova geração do Accord híbrido, em um teste com situações de trânsito urbano e rodoviário, em que foi possível testar tanto o desempenho quanto a economia do sedã executivo. Com quatro modos de condução, é possível alternar entre diferentes tipos de direção, desde a mais econômica até a esportiva. Há também um modo personalizável pelo motorista, chamado Individual, novidade no sedã.

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O ponto principal do Accord é o conjunto híbrido, chamado e:HEV, assim como no Civic. Contudo, se a sigla causa estranheza, ela tem um porquê. Trata-se do sistema híbrido do modelo, com dois motores elétricos, um para tração e outro gerador de energia para unidade de potência. Além disso, tem o motor a combustão. O significado de e:HEV é que o motor movido a gasolina não é ligado diretamente às rodas dianteiras, mas sim ao conjunto híbrido. 



Como funciona o sistema e:HEV

Discreto emblema e:HEV denuncia a versão híbrida (Rodrigo Tavares/Jornal do Carro)

O motor 2.0 16v, com injeção direta, quatro cilindros e ciclo Atkinson está ligado ao sistema de câmbio E-CVT, que ao contrário de uma unidade comum, com polias que variam conforme a aceleração, o Accord usa uma unidade central de controle de torque, comum a carros elétricos. Trata-se de um câmbio sem marchas, que só tem dois movimentos: à frente (drive) e para trás (reverse/ré).


Seja como for, o motor a combustão está ligado ao E-CVT, que também possui conexão com o motor elétrico, o motor-gerador e a bateria de íons de lítio com 1,05 kWh. É função deste E-CVT determinar quem vai fazer as rodas se moverem, sempre com base na maior eficiência. A unidade tem 3 cv a mais que o Civic, ou seja, 146 cv, e ligeiro aumento do torque, agora com 19,2 mkgf.

A unidade responsável pela tração no Accord é o motor elétrico de 184 cv, mesma do Civic, mas com mais torque: 34,1 mkgf, frente os 32,1 mkgf de antes. O motor também é o mais potente do conjunto. A Honda não fala em potência combinada, e também não divulgou dados como velocidade máxima e o tempo para percorrer de 0 a 100 km/h. No Accord, os valores que realmente importam são os de consumo, que falaremos em breve.

Baixo consumo é ponto forte no Honda Accord híbrido

Visual fluido ajuda na aerodinâmica do modelo (Rodrigo Tavares/Jornal do Carro)

O test-drive oferecido pela marca, com quase 200 km de ida e volta até Mairiporã (SP), permitiu conferir a dirigibilidade do modelo, na cidade e no rodoviário. Nos dois casos, impressiona o consumo. Sem necessidade de renunciar a uma condução mais esportiva durante testes de aceleração e retomada, o modelo manteve médias maiores do que as registradas pela marca.

Capaz de fazer 17,8 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, conseguimos a média de 19,5 km/l, com plena capacidade de obter números melhores. Além disso, o “mais elétrico dos híbridos” também agrada pela dirigibilidade. Sempre serena em conduções normais de tráfego, e melhorada se acionado o modo Sport, em que a resposta do acelerador e da direção ficam mais espertas.

O modelo também se destaca pelo silêncio a bordo. Os motores elétricos foram reposicionados no Accord, em relação ao Civic, agora em eixo paralelo, significando uma nova E-CVT, segundo a marca. Ruídos e vibrações também diminuíram por conta de um novo volante de motor, com pré-amortecedor. Ainda falando das diferenças para seu irmão menor, há também maior isolamento acústico interno.


Sistema e:HEV alterna motores automaticamente

Honda/Divulgação

O motor elétrico assume toda a condução, em dois dos três modos de operação do e:HEV: EV Drive, Hybrid Drive e Engine Drive. O destaque fica por conta da forma como os modos se alternam. A troca acontece de maneira automática, e influenciada por fatores como topografia, posição do acelerador, nível de carga das baterias e outros. Em retomadas, um ruído virtual engana o motorista, indicando o “kickdown” do câmbio durante a aceleração, mas que não passa de uma simulação.

No modo EV Drive, as baterias fornecem a energia para a condução. No Hybrid Drive, o motor a gasolina dá a energia ao motor elétrico, sem tracionar as rodas. Em situações de alta demanda ou velocidades altas de cruzeiro, entra a Engine Drive, em que o motor a combustão fica responsável pela tração, por exemplo. Além disso, pode-se alternar entre 6 diferentes níveis de regeneração de frenagem (ante os 4 disponíveis anteriormente) no modelo.


Painel de instrumentos é digital e central multimídia é a maior já utilizada pela Honda

Painel de instrumentos tem boa leitura e exibe as músicas tocadas pela central multimídia (Rodrigo Tavares/Jornal do Carro)

Contudo, o conforto ao rodar é o que se espera de um sedã executivo, com bancos de couro com bom suporte para o corpo, ajudados pelo sistema de estabilidade corporal embutido. Destacam-se o painel digital, com fácil leitura e bom visual, e também a central multimídia de 12,3 polegadas, a maior utilizada pela montadora até hoje, com suporte para Android Auto e Apple CarPlay sem fio.

Há também um novo head-up display, que mostra as indicações do GPS ao motorista, por exemplo. Além disso, o pacote de segurança Honda Sensing, com assistentes de condução e 8 airbags, também está presente.


Espaço interno, itens de série e silêncio ao rodar são destaques

Cabine ampla e refinada deixa claro que não se trata de um “Civicão” (Rodrigo Tavares/Jornal do Carro)

Bom espaço para as pernas é um atrativo em um sedã do gênero executivo, e o Accord não desaponta. Medindo 4.97 metros de comprimento, 1.86 metro de largura e 1.45 metro de altura, o modelo se destaca pela boa distância entre-eixos, com 2.83 metros. Quem anda atrás também não baterá a cabeça no teto, por mais que a carroceria meio sedã meio cupê sugira o oposto.

Ainda assim, a cabine oferece bom espaço para quem anda na frente, e a sensação de amplidão agrada. Além disso, há também saídas de ar-condicionado para os passageiros de trás, bem como duas das quatro saídas USB-C do carro, para carregar o celular, por exemplo. 


Espaço para as pernas de quem vai atrás é generoso (Rodrigo Tavares/Jornal do Carro)

Espaço para a bagagem também é bem satisfatória para o modelo, com 574 litros de capacidade. Calçado em pneus 235/45 R18, de perfil baixo, apenas a pouca quantidade de borracha afeta o ruído que passa para a cabine, mas que no geral é bem silenciosa. Por se tratar de um sedã de luxo, há a natural rolagem de carroceria, mas é importante lembrar: este não é um modelo esportivo, e busca um público mais conservador, preocupado com boa dirigibilidade e conforto.

Assim, o sedã está disponível em três cores: preto, prata e branco, sendo as duas primeiras com interior preto, e a branca com interna cinza. Há também um sistema de som Bose com 12 alto-falantes. 


Quanto custa o Honda Accord híbrido?

Entretanto, todos esses predicados tem um preço: R$ 324.900. Assim, o valor pedido pela Honda posiciona o Accord como opção mais barata frente seu concorrente direto, o Lexus ES300h, também híbrido, que custa R$ 355.690. Seu outro rival seria o Toyota Camry, mas este saiu de linha em definitivo em abril deste ano. Seja como for, o modelo tem como missão atender a um público específico, despreocupado com valores, e interessando em luxo e eficiência.

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Prós

  • Baixo consumo, boa resposta do motor, espaço interno e conectividade são pontos fortes no Accord híbrido.

Contras

  • Apesar dos predicados, o preço acima dos R$ 320 mil é considerado alto.

Ficha Técnica

Honda Accord Advanced Hybrid

Motor a combustão

2.0 e-HEV, ciclo Atkinson, com injeção direta de gasolina, 146 cv (6.100 rpm), 19,2 mkgf (4.500 rpm)

Conjunto elétrico

Motor elétrico primário, motor-gerador (IPU), bateria de 1kWh, 184 cv, 34,1 mkgf

Câmbio

E-CVT, híbrido

Comprimento

4.97 metros

Largura

1.86 metro

Altura

1.45 metro

Entre-eixos

2.83 metros

Tanque de combustível

48,5 litros

Porta-malas

574 litros

Peso (ordem de marcha)

1.625 kg

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Comportamento dos passageiros pode afetar a segurança da viagem

Dez recomendações para que os ocupantes do veículo não tirem a concentração do motorista durante o percurso

13 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os passageiros têm um papel preponderante na segurança de um carro em movimento. O comportamento dentro do automóvel pode aumentar ou diminuir o risco de ocorrência de um acidente de trânsito

“Por motivos diversos, o motorista compromete a segurança ao volante do carro ao perder a capacidade de detectar obstáculos e não acionar os freios, por exemplo”, afirma Cleber William Gomes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

“O tempo de reação é precioso para prevenir acidentes. Quando o motorista divide a atenção interagindo com outras pessoas a bordo, a incapacidade de identificar o perigo aumenta.”

Embora o ser humano acredite na capacidade de fazer várias tarefas ao mesmo tempo, a direção pode ser impactada por condições adversas, que atrapalham a visão, a concentração e a atenção de motorista e passageiros.

“Os passageiros devem ter consciência de que sua presença, de alguma forma, afeta o comportamento do motorista. Eles ajudam a criar o clima da viagem e tanto podem ser tranquilos e prestativos como gerar algum tipo de estresse”, diz Gomes.

Por isso, veja dez recomendações importantes para o passageiro manter intacta a segurança da viagem:

  1. Adote uma postura ativa, ajudando na localização do caminho, atendendo o telefone e avisando sobre eventuais riscos.
  2. Não distraia o motorista, falando alto demais, mudando constantemente a música e comentando o modo como ele dirige.
  3. Mantenha-se alerta. Passageiros que dormem durante a viagem aumentam a probabilidade de o motorista também pegar no sono. 
  4. Não esqueça de usar o cinto de segurança e exija isso dos demais ocupantes do veículo. As crianças devem se acomodar em cadeirinhas ou assentos adequados à idade.
  5. O passageiro tem o direito de reclamar com o motorista se ele estiver dirigindo com imprudência, mas isso deve ser feito tranquilamente, para não gerar estresse.
  6. Evite situações que tirem a atenção do condutor. Se alguém passar mal ou se as crianças estiverem agitadas, sugira fazer uma pausa na viagem a fim de acalmar a situação. 
  7. Adie a viagem se estiver irritado, nervoso, inseguro ou sob efeitos de drogas ou álcool. 
  8. Jamais coloque parte do corpo para fora do veículo, seja nas janelas ou no teto solar.
  9. Antes de abrir a porta para sair do carro, certifique-se de que não existem riscos para você e os pedestres da via.
  10. Embarque e desembarque sempre pela porta ao lado da calçada.