Você está lendo...
Toyota Yaris Cross: SUV que será feito no Brasil é registrado na Argentina
Segredos

Toyota Yaris Cross: SUV que será feito no Brasil é registrado na Argentina

SUV compacto será revelado no Brasil ainda em 2023 e chegará às lojas no início de 2024 com produção em Sorocaba (SP) e conjunto híbrido flex

Diogo de Oliveira

06 de out, 2023 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Toyota Yaris Cross
Toyota Yaris Cross é vendido na Ásia e terá produção nacional em breve
Crédito:Toyota/Divulgação

A Toyota está muito próxima de lançar seu novo SUV no Brasil. Desta vez, a montadora japonesa registrou as patentes e desenhos industriais do Yaris Cross na Argentina. A expectativa é de que o modelo seja apresentado ainda em 2023 no Brasil, e chegue às lojas daqui logo no início de 2024 com produção na fábrica de Sorocaba (SP).

Além de inédito no País e na América do Sul, o Yaris Cross já está à venda na Indonésia, onde tem como principal concorrente o Hyundai Creta. Este, tanto lá quanto aqui, é um dos SUVs mais emplacados em 2023. Ou seja, a Toyota vai brigar pela liderança com o novo SUV.



Toyota Yaris Cross
Ministério de Patentes da Argentina

Publicidade


Toyota vai estrear novo conjunto híbrido flex com Yaris Cross

Por isso, o Yaris Cross vai disputar vendas diretamente com os líderes, entre eles Chevrolet Tracker, Honda HR-V e VW T-Cross. Assim, virá posicionado abaixo do Corolla Cross na gama, com preços que devem partir próximos de R$ 140 mil e alcançar cerca de R$ 180 mil na versão topo de linha. Entretanto, na Indonésia, o novo SUV é mais barato, o que pode acontecer no Brasil. O preço parte de 351 milhões de rúpias, o equivalente a R$ 116 mil.

Toyota Yaris Cross
Toyota/Divulgação

Já a configuração mais cara será híbrida flex. Aliás, o SUV vai estrear um novo conjunto híbrido flexível da Toyota no País. Este terá o motor 1.5 e será mais simples e barato que o disponível no Corolla 2024 e no Corolla Cross, que une motor 1.8 flex e outros dois motores elétricos para gerar 122 cv de potência. No mercado indonésio, o Yaris Cross HEV tem tabela a partir de R$ 440,6 milhões de rúpias, algo como cerca de R$ 146 mil na conversão direta e sem taxas.


Por dentro, Yaris Cross será frugal

O novo SUV de entrada da Toyota será um carro sóbrio na cabine, mas com toques modernos. Por exemplo, o modelo terá freio de estacionamento por botão e não por alavanca ou pedal – como no (mais caro) Corolla Cross. Além disso, o Yaris Cross terá multimídia com tela flutuante e outro display atrás do volante para o quadro de instrumentos. O acabamento é simples e tem como destaque a parte central do painel coberta com couro.

Toyota Yaris Cross
Toyota/Divulgação

De toda forma, certamente a versão nacional que será feita no interior paulista terá modificações em relação aos materiais e equipamentos. Na Indonésia, onde já estreou, o Yaris Cross tem opção de teto solar panorâmico, algo que o rival Honda HR-V não oferece no Brasil. Já em relação aos equipamentos, o SUV terá com certeza o pacote Toyota Safety Sense, que reúne assistentes semiautônomos, como farol alto automático e frenagem de emergência.


Siga o Jornal do Carro no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Novo Renault Megane E-Tech elétrico: preço, tamanho e desempenho
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”