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GM pode lançar no Brasil carro elétrico chinês com preço de BYD Dolphin
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GM pode lançar no Brasil carro elétrico chinês com preço de BYD Dolphin

Lançado há poucos meses e com mais de 10 mil pedidos, o Baojun Cloud pode ser a solução da GM para concorrer contra o fenômeno BYD Dolphin

Diogo de Oliveira

13 de out, 2023 · 6 minutos de leitura.

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GM Baojun Cloud EV
Baojun Cloud EV é aposta da GM para disputar com BYD Dolphin e GWM Ora 03
Crédito:Baojun/GM/Divulgação

Diante do substancial aumento nas vendas de carros elétricos no Brasil, a General Motors (GM) planeja entrar na disputa, mas com um modelo chinês. Lançado há poucos meses na China, o Baojun Cloud já tem mais de 10 mil pedidos de reserva no país oriental. O hatch com formas de monovolume tem basicamente a mesma proposta do BYD Dolphin, justamente o modelo que vem chamando a atenção por aqui, com vendas recordes nos últimos três meses.

Segundo apuração do site Mobiauto, a GM estuda lançar o Cloud EV no Brasil até 2025 com o logotipo da Chevrolet. O modelo virá disputar o segmento que é basicamente formado por concorrentes chineses. Esse lançamento é algo novo e complementar ao plano já anunciado pela montadora, de lançar seus novos carros elétricos em fase final de desenvolvimento nos Estados Unidos. Por exemplo, os Chevrolet Equinox EV e Blazer EV.

GM Baojun Cloud EV
Baojun/GM/Divulgação

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Como é o GM Cloud EV, concorrente do BYD Dolphin

Lançado na China em agosto desse ano, o Cloud EV estreou com os mesmos preços do BYD Dolphin. Chamado de Yunduo em chinês, o modelo foi feito em parceria pela Saic, GM e Wulling, e tem dimensões próximas das de outro produto da GM: o Bolt EUV. São 4,29 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,65 m de altura e 2,70 metros de entre-eixos. Isso faz dele o maior elétrico da Baojung, bem como o primeiro de cinco portas da marca.

Com plataforma dedicada e porte meio hatch, meio minivan, o Cloud EV é espaçoso e pode acomodar até cinco pessoas. Além disso, seu porta-malas pode variar entre 382 litros e 606 litros. Com os bancos traseiros rebatidos, o modelo ganha status de minivan e chega a 1.707 litros de volume.

Elétrico da GM é mais potente que o Dolphin

O Baojun Cloud EV tem um motor elétrico no eixo dianteiro com 100 kW de potência, o equivalente a 136 cv. Ou seja, é mais forte que o Dolphin EV (95 cv), bem como o Chevrolet Onix 1.0 turboflex, que tem 116 cv. Já a bateria (LFP) pode vir em duas versões. Uma com 37,9 kWh e outra com 50,6 kWh. Desse modo, o modelo pode alcançar, respectivamente, 360 km e 460 km com uma carga completa, conforme o padrão chinês NEDC.


GM Baojun Cloud EV
Baojun/GM/Divulgação

Na cabine, o Cloud EV, a exemplo do rival da BYD, é minimalista. Praticamente tudo se concentra na enorme tela central de 15,6 polegadas. Mas, no modelo da GM, o display é fixo e não gira, como no Dolphin. Por outro lado, o Baojun tem quadro de instrumentos maior, de 8,8″ (são 5″ no BYD). Ademais, tem comando de voz, GPS, assistente de baliza, piloto automático, visão 360º e controle do carro por aplicativo são itens de série.

No visual, a dianteira em duas camadas e com ampla área envidraçada destaca o conjunto óptico. Assim como no Dolphin, há uma barra de LED que vai de uma ponta a outra. Assim, os faróis principais ficam na altura do para-choque, ao estilo da Chevrolet Montana. Já a lanterna vai de um lado ao outro e cruza a tampa do porta-malas. As laterais, por fim, fazem a diferença com maçanetas embutidas e rodas “fechadas”, que ajudam na aerodinâmica.


GWM Ora 03: hatch elétrico chinês é uma boa compra? Conheça

Preços do GM Cloud EV na China e no Brasil

O interior tem ainda acabamento em duas cores e plásticos que imitam madeira. Além disso, tem iluminação ambiente com 256 cores diferentes. Sucesso na China, o Baojun Cloud EV já tem 10 mil encomendas por lá. Com quatro versões, os preços começam em 95.800 yuans (R$ 65 mil) e chegam até 123.800 yuans (R$ 83.800). No Brasil, o modelo deve acompanhar o BYD Dolphin e o GWM Ora 03, com preço na faixa de R$ 150 mil.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.