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Com elétricos e híbridos, China se torna 2º maior exportador no Brasil
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Com elétricos e híbridos, China se torna 2º maior exportador no Brasil

Responsável por mais de 30 mil novos carros este ano, China disputa com México e Alemanha, perdendo só para a Argentina em exportações para cá

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

08 de dez, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Marcas como GWM e BYD são responsáveis pelo aumento nos números
Crédito:GWM/Divulgação

O ritmo acelerado da chegada de veículos vindos da China para o Brasil é claramente notável, e os números ajudam a entender esse fenômeno. Segundo dados da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), só no mês de novembro, a importação de veículos chineses registrou crescimento de 347%, número surpreendentemente grande.

Entre os meses de janeiro a novembro do ano passado, 7.202 novos carros chineses chegaram até o Brasil. Enquanto no mesmo período desse ano, chegaram 32.180 unidades, um aumento considerável. Isso se deve ao desejo popular por modelos de marcas como Caoa Chery, BYD e GWM, por exemplo.



Nesse ritmo, ainda esse ano, a China se tornará o segundo país que mais exporta veículos para o Brasil. Assim, superando países como a Alemanha e México, mas perdendo para a Argentina, por exemplo. O país vizinho leva vantagem, ao exportar, no mesmo período analisado, 195.955 unidades para cá.

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Veículos vindos da China ajudaram a compor fenômeno de importados

BYD Song Plus DM-i híbrido
Diogo de Oliveira/Estadão

Analisando os dados apresentados, no total, 306.993 carros importados chegaram ao Brasil neste ano, representando um aumento de 26% em relação ao último ano, por exemplo. Segundo a Anfavea, o País deve fechar o ano com o total de 348.400 novos importados circulando por aqui.

Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, o aumento das importações para o Brasil não foi um fenômeno previsto, e em dezembro, estima-se que 18% dos novos modelos vendidos no País sejam provenientes de importações, por exemplo. Futuramente, montadoras como BYD e GWM, também farão parte da Anfavea.


A associação só aceita novas marcas uma vez que se inicia a produção nacional, o que, segundo Leite, é apenas questão de tempo. Assim, os primeiros passos já foram dados. A BYD agora conta com a antiga fábrica da Ford, em Camaçari (BA), enquanto a GWM já se instalou em Iracemápolis (SP), na antiga fábrica da Mercedes-Benz.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.