Um levantamento recente mostrou que o nível de intenção de compra de carros dos consumidores brasileiros é de 70%. Ou seja, bem maior que a média, global, que fica na faixa dos 44%. Os dados são do Índice de Mobilidade do Consumidor, da consultoria EY. A pesquisa ainda revela que 64% dos potenciais compradores de carros no Brasil, são propensos a adquirir um automóvel dentro de 12 meses. Já 36% pretendem comprar entre 12 e 24 meses.
Além da intenção de compra, o levantamento também buscou entender a média de interesse em veículos elétricos, bem como o processo de compra de carros. Para isso, contou com mais de 15 mil participantes de 20 países diferentes. E em comparação com a média global, os consumidores do Brasil mostraram uma maior preferência para carros particulares, mobilidade compartilha e veículos de duas rodas. E o principal motivo é a presença do trabalho híbrido, que reveza entre o presencial e o home office.
A pesquisa ainda mostra as preferências do consumidor brasileiro. Sem surpresas, os SUVs disparam na frente representando 37% do interesse. Em seguida, vem os sedãs (34%), hatchbacks (14%) e picapes (7%). Aliás, esses sãos os dados mais próximos da média global, sendo: SUVs (39%), sedans (32%), hatchbacks (16%) e picapes (4%).
Elétricos em alta no Brasil?
Seja como for, o grande destaque do estudo foi o aumento de 57% na inclinação do consumidor brasileiro na compra de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in. Assim, ficou 2% à frente da média global. De acordo com a pesquisa, os principais motivos para o interesse são os altos preços dos combustíveis, bem como as preocupações ambientais. No entanto, os interessados também apontaram uma melhor capacidade de tração integral e eficiência do motor.
Mas, em contrapartida, os brasileiros também revelam algumas preocupações na hora de comprar um carro híbrido ou elétrico. A pesquisa apontou, por exemplo, que o custo da compra inicial, a falta de estação de carregamento e infraestrutura inadequada são alguns desses receios. “Mesmo com todo o crescimento e desenvolvimento do mercado de veículos elétricos e híbridos no país, ainda existe um caminho a ser percorrer para que toda a infraestrutura esteja de acordo com a necessidade dos motoristas”, disse o sócio da EY especialista no setor automotivo, Marcelo Frateschi.
No entanto, o segmento de híbridos e elétricos está em crescimento, mesmo que a passos mais lentos. Exemplo disso é o BYD Dolphin, novo elétrico mais vendido do Brasil. O compacto da marca chinesa chegou no meio de 2023 com preço competitivo de R$ 150 mil. Desde então, causou uma reviravolta no mercado automotivo do Brasil. Para se ter uma ideia, em 2023, o modelo elétrico vendeu 6.807 unidades no País. Ou seja, um recorde em termos de eletrificados.
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