Assim como para Felipe Massa, a corrida deste domingo (27), em Abu Dabi, será a última para Jenson Button na Fórmula 1. O inglês, campeão de 2009 (pela Brawn GP), porém, parece já ter destino definido: “Eu quero correr no Rally Cross”, ele disse em uma pequena entrevista exclusiva no início deste mês, durante os dias de imprensa do Salão do Automóvel de São Paulo – onde esteve para apresentar o WR-V, da Honda, fornecedora de motores de sua atual equipe, a McLaren.
Estou planejando publicar essa pequena entrevista, feita meio de improviso, na sala VIP do estande da Honda, há algumas semanas. Até porque ele disse “eu quero”, não “eu vou”. Então, nesta sexta-feira (25), li uma reportagem do colega Livio Oricchio, que está em Abu Dabi, com a confirmação: Button vai mesmo correr no Rally Cross.
A este blog ele disse, durante o Salão, que nunca disputou essa categoria antes, mas que quer fazer isso em homenagem a seu pai, ex-competidor de Rally Cross. Uma das figuras mais simpáticas dos bastidores da Fórmula 1, John Button faleceu em janeiro de 2014, aos 70 anos.
Button falou também que não tem nenhuma intenção de correr na Fórmula E, a categoria da FIA para carros elétricos. Entende a importância do campeonato, que está atraindo investimento de diversas montadoras, mas não quer dar as caras por lá. “Não é para mim”, falou. “Eu gosto de competição com barulho”, explicou. Os monopostos elétricos da Fórmula E se caracterizam pelo motor silencioso.
A categoria, aliás, tem sido apontada como um dos possíveis destinos de Felipe Massa, mas ainda não há informações concretas sobre isso.
O Mundial de Endurance (WEC) também não encanta Button. O campeonato de provas de longa duração que inclui a 24 Horas de Le Mans foi o destino de Mark Webber após deixar a Red Bull. Fernando Alonso, atual companheiro de Jenson, é um grande entusiasta da categoria, na qual pretende competir quando se aposentar da Fórmula 1.
Mas Button não quer compromisso com o WEC também. Para ele, o Rally Cross é o caminho, pois, além da homenagem ao pai, é uma categoria que lhe permitirá ter uma vida mais tranquila.
“Estou muito feliz em deixar a Fórmula 1. Já dei e recebi tudo da categoria por muitos anos, e agora esse ciclo chegou ao fim”, ele falou. “Mas do mundo da competição de carros eu não vou sair. Não mesmo. Isso é minha paixão.”
Newsletter Jornal do Carro - Estadão
Receba atualizações, reviews e notícias do diretamente no seu e-mail.