O ano de 2016 foi crítico para as marcas de luxo, pois as quedas nas vendas foram amplas. Isso porque, em 2015, enquanto o mercado de carros já estava em uma grave crise, Audi, BMW, Mercedes-Benz e cia pareciam estar imunes aos efeitos da inconstante economia: cresciam sem limites.
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Ao fim de 2016, porém, uma marca parecia estar revivendo o que as demais fizeram em 2015: a Porsche. A montadora cresceu 38% no ano passado. E este ano, o avanço está em cerca de 25%.
O número é muito alto mesmo para o mercado de luxo. No primeiro trimestre, as principais marcas desse segmento mostraram algum sinal de recuperação, reduzindo os índices de queda registrados em 2015 – que, em alguns casos, superaram os 50%. Ainda assim, nenhuma tem crescimento sustentável.
Só a Mercedes-Benz, do grupo das cinco maiores marcas premiu, não está registrando quedas. As vendas da marca no primeiro trimestre de 2016, de 2.365 unidades, são iguais à do mesmo período de 2015.
As vendas da Audi, no mesmo período de comparação, caíram 39% e as da BMW, 16%. A Land Rover registrou queda de 33,1% nos emplacamentos e a Volvo, de 12,7%.
Mas o que levou a Porsche a nada no sentido oposto? Foi o início da operação no Brasil com subsidiária própria, no fim de 2015. Antes, a marca era representada aqui pela importadora Stuttgart.
Na prática, o início da operação brasileira resultou em três fatos importantes: crescimento da rede de concessionárias (seis para nove), inauguração de um centro de peças e ofensiva de produtos.
Um dos grandes responsáveis pelo aumento nas vendas da Porsche foi o 718 Boxster (foto acima), lançado no ano passado. Além disso, os emplacamentos do Cayenne registraram grande crescimento, segundo a montadora.
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