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Leitor cultiva paixão louca por perua Maverick
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Leitor cultiva paixão louca por perua Maverick

Administrador Paul Gregson levou quatro anos e meio para restaurar exemplar 1976 do modelo Ford

29 de set, 2013 · 5 minutos de leitura.

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 Leitor cultiva paixão louca por perua Maverick
Ford Maverick 1976

“Uma paixão que renderia até atestado de insanidade”. É assim que o administrador Paul Gregson define o seu “relacionamento” com a linda e rara perua Maverick 1976. “Sou apaixonado por todos os Ford Maverick. Mas esse, por sua exclusividade, sempre foi meu maior sonho de consumo”, conta.

Confira detalhes da perua Maverick em vídeo

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Em 1999, em uma viagem de negócios a Itu, no interior do Estado, para visitar um cliente, Gregson se perdeu e acabou passando em frente a um ferro-velho. Foi em meio a sucata que ele viu um exemplar do carro de seus sonhos – em péssimo estado. “Acabei ficando por lá mesmo para tentar comprar o modelo. Cliente eu até encontraria outro, mas a perua não”, brinca.

Ele estava tão empolgado que levou apenas três horas para fechar negócio. Nesse meio tempo, ele viajou até Sorocaba para buscar um documento do carro e providenciou um guincho para trazê-lo a São Paulo.


A restauração levou quatro anos para ficar pronta e incluiu a compra de um Maverick SL 1978 que virou “doador de peças”. Como alguns componentes não existiam mais, foi preciso recorrer a artesãos. “Mandei fazer os vidros laterais traseiros e os puxadores das portas são de fibra de vidro”, diz Gregson.

Bem equipado, o carro tem direção hidráulica e ar-condicionado. Os bancos são revestidos de courvin e veludo.

Quando a perua voltou à ativa, em 2003, Gregson a levou ao tradicional encontro de Águas de Lindoia, no interior do Estado. E a estreia ocorreu com chave de ouro. A Maverick recebeu um prêmio na categoria veículos nacionais da década de 70.


O motor 302 V8 gera 200 cv, segundo Gregson. O câmbio, que tem haste na coluna de direção, é automático de três marchas. O consumo, estimado pelo colecionador, é de 4,5 km/l.

A paixão de Gregson por antigos rendeu dois livros: “Maverick – um ícone dos anos 70” e “Galaxie, o grande brasileiro”, em parceria com Dino Dragone – ambos pela editora Alaúde.


História. Da Ford, a perua Maverick só tem o nome. O modelo surgiu como uma sugestão da concessionária Souza Ramos para concorrer com a Chevrolet Caravan.

Como a Ford não bancou a ideia, a própria Souza Ramos resolveu dar vida ao projeto por meio de um de seus “braços”, a SR Veículos. Isso foi em 1976.

Como vantagens ante a rival, a perua Maverick tinha quatro portas e motor V8. A Caravan tinha versão duas-portas e opções de quatro e seis cilindros.


Como fim da produção do Maverick, em 1978, a perua também saiu de linha. Foram feitas entre 50 e 100 unidades.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”