Você está lendo...
CNH ficará mais cara com simulador
Legislação

CNH ficará mais cara com simulador

Nova regra determina que sejam feitas cinco aulas no aparelho, de 30 minutos cada

04 de jan, 2014 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

 CNH ficará mais cara com simulador

Quem quiser tirar a carteira nacional de habilitação (CNH) a partir de agora
terá de passar por cinco aulas em um simulador de direção instalado nas
autoescolas. A nova regra, que começou a valer nesta quarta-feira no País, vai
elevar em até 20% o valor gasto na emissão do documento. Antes da mudança, o
interessado em obter a permissão para dirigir tinha de desembolsar, em média, R$
1,2 mil, segundo a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto). Com a
alteração, esse valor subirá até R$ 250.

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook

Publicidade


Definida por resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a norma é
válida apenas para a categoria B (habilitação para automóvel).

As aulas, de 30 minutos cada, devem ser feitas obrigatoriamente antes do
início da parte prática. As atividades no simulador não diminuem o número mínimo
de aulas práticas exigidas: 20 aulas de 50 minutos.

As aulas simuladas também não têm caráter eliminatório. “O Detran recebe um
relatório com os resultados do aluno, mas não há uma avaliação. A ideia do
simulador é permitir que o estudante se familiarize com situações de risco”, diz
Silvio Luiz de Oliveira, diretor de ensino da Autoescola Veja, uma das que já
têm o equipamento.


A cada aula, o aluno vê o nível de dificuldade aumentar. A simulação começa
com conceitos básicos e vai incorporando situações de adversidade, como trafegar
em vias de grande movimento, em pista escorregadia ou sob neblina intensa.

“É bem parecido com a realidade, a estrutura é idêntica à do carro. Acho que
ajuda o aluno a ter mais noção antes de ir para o trânsito real”, diz a aluna
Joyce Lemos, de 27 anos.

Para Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Associação Brasileira de
Medicina de Tráfego (Abramet), a inclusão de aulas simuladas ajuda a suprir uma
carência na formação dos condutores. “Os cursos existentes são insuficientes,
porque só ensinam o que é necessário para a prova prática. O aluno não tem
contato com os riscos que vai encontrar no dia a dia, e o simulador pode ajudar
nisso.”


Apesar de a regra já estar em vigor, muitas autoescolas e Detrans não se
prepararam para a mudança. “Algumas autoescolas não compraram as máquinas
achando que a lei não ia pegar, e muitos Detrans não adequaram seus sistemas”,
diz Magnelson Carlos de Souza, presidente da Feneauto.

Demanda. A prática provocou uma demanda maior no fim do ano
para a instalação dos aparelhos e sobrecarregou as quatro empresas habilitadas
para fornecer os equipamentos. Muitos CFCs ainda aguardam a chegada do
simulador. Segundo as empresas fornecedoras, os prazos estão sendo cumpridos.

O custo médio de um aparelho é de R$ 40 mil, mas é possível obter o simulador
por comodato. Em todos os casos, o custo é repassado para o consumidor. As
autoescolas não são obrigadas a ter a máquina e podem dividir o equipamento com
outras empresas. A manutenção varia de mensalidades de R$ 750 a R$ 1.750 ou
taxas de R$ 4 a R$ 15 por aula.


Com esse custo, as autoescolas preveem que o preço médio da aula simulada
seja de R$ 40, acima do que é pago pela prática, entre R$ 30 e R$ 35.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.