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Já pagou o IPVA 2024? Veja como quitar e quanto é a multa
Legislação

Já pagou o IPVA 2024? Veja como quitar e quanto é a multa

Pagamento da quarta parcela do IPVA 2024 vai até o dia 24 de abril, conforme tabela divulgada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento

Vagner Aquino, especial para o Estadão

16 de abr, 2024 · 7 minutos de leitura.

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ipva 2024
Quem não pagou o imposto pode quitar dívida com multa e juros
Crédito:Reprodução

Os moradores de São Paulo que parcelaram o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) devem ficar atentos, afinal, o vencimento da quarta parcela do imposto está em andamento. De acordo com o calendário oficial, o prazo vai até o dia 24 de abril e varia conforme o final da placa do carro (veja tabela abaixo).

IPVA
Sefaz-SP/Reprodução


A consulta do valor, a princípio, pode ser feita em toda a rede bancária ou diretamente no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz-SP). Precisa ter o número do Renavam e placa do veículo em mãos. Cabe, ainda, lembrar que mesmo quem já passou do prazo poderá quitar o valor do IPVA. Para isso, é preciso emitir uma nova guia, onde tudo já vem recalculado – neste caso, tem 0,33% de multa por dia de atraso e juros de mora com base na taxa Selic.

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Como pagar?

Dá para pagar a guia do IPVA em qualquer agência bancária credenciada, em Casas Lotéricas ou até mesmo com cartão de crédito, nas empresas credenciadas à Sefaz-SP. E também dá para quitar o imposto via Pix. A novidade, que estreou neste ano, permite o recolhimento do valor por meio de QR code.

Para utilizar a modalidade, é necessário acessar a página do IPVA no portal da Sefaz-SP, informar os dados do veículo e gerar um QR code, que servirá para o pagamento. O QR code Pix tem validade de 15 minutos, após o qual expira. Não tendo sido pago, será necessário emitir um novo QR code (sempre pelo site da Sefaz-SP). Na tela do QR code, há um contador temporal de “tempo restante” indicando quando o código expirará.

Ao ler o QR code com o aplicativo de banco ou instituição de pagamento (mais de 800, no total), aparecerá a informação de que o pagamento é destinado à “Secretaria da Fazenda e Planejamento”, sob o CNPJ 46.377.222/0003-90 em conta do Banco do Brasil.​


IPVA
DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Atraso gera dor de cabeça

De acordo com a Sefaz-SP, passados 60 dias de atraso, o percentual da multa para quem não quitou o IPVA sobe para 20% do valor do imposto. Ademais, se o débito foi inscrito na dívida ativa, o procedimento é outro. Para regularizar a situação, é necessário gerar uma guia de recolhimento exclusiva por meio do site da Procuradoria Geral do Estado e seguir o passo a passo. Isso requer o número do Renavam do veículo ou o CPF ou CNPJ do devedor. Nesse caso, precisa fazer o pagamento na rede de bancos credenciados pelo serviço público.

Outras consequências para quem não paga o IPVA

Quem deixa de pagar o IPVA enfrenta uma série de consequências, que vão desde o pagamento de multa até restrições de acesso ao crédito. Além disso, quem não pagou o imposto recebe uma notificação. Em geral, isso ocorre após o fim do prazo de parcelamento. Portanto, em meados do ano, uma vez que a última das cinco parcelas vence em maio.


Quem não quita o IPVA não consegue fazer o licenciamento anual do veículo. Dessa forma, fica impossível emitir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CLRV), documento obrigatório para rodar nas vias públicas. Se flagrado dirigindo sem a documentação, por exemplo, o condutor comete infração gravíssima e recebe sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além de multa de R$ 293,47. Há, ainda, risco de apreensão do veículo. Se isso ocorrer, o dono do carro terá de pagar pela remoção e pelas diárias de ocupação do pátio do Detran.

Dívida ativa

Outra penalidade é a inclusão do nome do contribuinte na Dívida Ativa do Estado. Além disso, passará a figurar na lista do Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais (Cadin). Desse modo, o devedor fica impedido de, por exemplo, utilizar eventuais créditos da Nota Fiscal Paulista. A realização de concursos públicos e a solicitação de empréstimos em bancos públicos também ficam bloqueados. A partir do momento em que o débito de IPVA estiver inscrito, a Procuradoria-Geral do Estado poderá cobrar o devedor mediante protesto.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.