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Cuidar do carro ajuda a poluir menos
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Cuidar do carro ajuda a poluir menos

Além de reduzir nível de emissões, ações podem resultar na economia de combustível

27 de ago, 2014 · 4 minutos de leitura.

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 Cuidar do carro ajuda a poluir menos
A dispersão de poluentes é dificultada pela inversão térmica principalmente durante o inverno

Está ainda mais difícil respirar em São Paulo. Além da inversão térmica típica dos meses frios dificultar a dispersão dos poluentes, neste ano a estiagem deixou o ar ainda mais sujo – as chuvas só devem voltar em outubro. Com a inspeção veicular municipal suspensa por tempo indeterminado, cabe a cada cidadão fazer sua parte para amenizar a poluição.

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O primeiro passo é cuidar bem do carro. “Os veículos saem de fábrica em conformidade com os limites fixados pelo Proconve (programa que controla o nível de emissões produzidas por veículos). Para que não poluam além do aceitável, devem ser mantidos em boas condições”, diz Henrique Pereira, da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil).

Isso significa respeitar os prazos determinados pela montadora para troca de óleo, filtros e velas e não alterar as características originais do veículo, principalmente em relação à integridade do catalisador. “Essa peça torna inofensivos os gases tóxicos que saem do motor”, diz Pereira. “O pior é que há motoristas que a removem para aumentar o desempenho do carro, o que é proibido. A inspeção veicular faz falta pois também tirava das ruas veículos nessas condições.”

Medidas que ajudem a diminuir o consumo de combustível são bem-vindas, pois contribuem para reduzir a emissão de poluentes. Manter o motor regulado e os pneus calibrados corretamente e eliminar da cabine carga desnecessária estão entre os exemplos.


Em motores flexíveis, escolher etanol em vez de gasolina é vantajoso para quem roda na cidade. “Ao comparar os processos produtivos, o etanol, feito a partir da cana-de-açúcar, é mais ecológico, pois as plantas capturam o dióxido de carbono do ar”, explica a técnica ambiental Raquel Ribeiro, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Segundo informações do Laboratório de Poluição da USP, o maior problema nos centros urbanos não é o monóxido de carbono, mas sim material particulado e ozônio, formado pelos hidrocarbonetos – substâncias muito mais nocivas quando emitidas pela gasolina, ainda que em volume menor do que o etanol. Além disso, o produto vegetal não tem substâncias tóxicas como benzeno e enxofre, encontradas apenas no combustível mineral.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”