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Volvo e Geely planejam fábrica no Brasil
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Volvo e Geely planejam fábrica no Brasil

Duas fabricantes estudam a implantação de uma unidade industrial conjunta em Santa Catarina

08 de set, 2014 · 3 minutos de leitura.

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 Volvo e Geely planejam fábrica no Brasil
Volvo Concept Universe foi um dos primeiros da marca mostrados na China

A Volvo estuda a implantação de uma fábrica no Brasil, seguindo o exemplo de suas principais rivais – Audi, BMW e Mercedes-Benz. De acordo com fontes, o Estado que está na frente na disputa para receber a nova unidade industrial é o de Santa Catarina. A vantagem é que já há logística instalada para as plantas da BMW em Araquari, a ser inaugurada no mês que vem, de motores da GM, em Joinville, e da Sinotruck caminhões, em Lages.

A fábrica será em conjunto com Geely, atual proprietária da Volvo e que vai compartilhar, em 2016, uma plataforma com a marca sueca, chamada de CMA. Por ser modular, a base permite que modelos das duas montadoras tenham características bastante distintas. Basta incluir ou retirar módulos, algo similar com o que já acontece com a MQB, da Volkswagen.

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A plataforma será usada nas próximas gerações dos modelos Volvo V40, S60, V60 e XC60 e do Geely EC7, além de alguns produtos inéditos.

A nova unidade da Volvo e da Geely devolveria a competitividade da fabricante sueca perante suas competidoras. A planta da Audi começa a operar em 2015, em São José dos Pinhais, no Paraná, e a da Mercedes-Benz em 2016, em Iracemápolis, no interior de São Paulo.

Além disso, a Jaguar deve produzir o XE na planta a ser inaugurada, junto com a Land Rover, em Itatiaia (RJ). O primeiro modelo a sair desta linha, em 2016, será o Discovery Sport.


A nova fábrica também ampliaria a presença no País da Geely, que atualmente vende por aqui o GC2 e o EC7, ambos montados no Uruguai com peças importadas da China.

Em nota, a Volvo do Brasil informou que não há intenção de instalar uma fábrica no Brasil no momento.

Atualizada às 20h32.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”