Assim como aqueles alunos medianos, a Gladius 650 tem comportamento honesto, mas sem grandes aspirações. Montada em Manaus, a naked (sem carenagem) de entrada da Suzuki no País é tabelada a R$ 27.240 e oferecida em versão única.
Seu motor, de 645 cm³, gera 72 cv de potência e 6,5 mkgf de torque. Com dois cilindros em “V”, configuração rara nesse tipo de modelo, caiu bem na Gladius. Tem boa oferta de força em baixas rotações, mas carece de vigor em altos giros.Por isso ela vai melhor na cidade, onde ter torque “mais cedo” é um trunfo. O câmbio de seis marchas e curso longo, tem engates fáceis.
No visual, as linhas arredondadas agradam, mas são datadas e lembram modelos da década passada. O painel tem instrumentos digitais e analógicos fáceis de ler.
A posição de guiar é confortável. O piloto não fica muito à frente e as pedaleiras são recuadas na medida ideal para evitar dores comuns após muito tempo sobre a moto.Como o banco é baixo e estreito, apoiar os pés no chão não requer esforço, o que privilegia os mais baixos. Inteiriço, acomoda bem piloto e garupa.
Já o acerto das suspensões (sem regulagem) é muito macio. Isso faz com que a Gladius oscile demais ao contornar curvas rápidas e nas mudanças bruscas de direção.No uso diário ou sobre piso ruim isso é até uma qualidade, pois o sistema não transfere os solavancos aos ocupantes.Os freios a disco (duplo na frente e simples atrás) são suficientes para essa Suzuki.
Entre as rivais está a MT-07. Com motor de 689 cm3 e 74 cv, a Yamaha sai a R$ 26.990.