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Chevrolet Cruze 2016 ganha sistema OnStar
Tecnologia

Chevrolet Cruze 2016 ganha sistema OnStar

Item de série em todas as versões do Chevrolet, recurso reúne serviços de segurança e conveniência

29 de set, 2015 · 10 minutos de leitura.

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 Chevrolet Cruze 2016 ganha sistema OnStar
Noco Cruze 2016

A Chevrolet apresentou a linha 2016 do médio Cruze. A principal novidade é a incorporação do sistema de assistência OnStar, inédito no Brasil, que passa a ser item de série das variantes hatch e sedã, já a partir da versão de entrada LT.

O sistema alia recursos de segurança, voltados ao monitoramento do veículo, prevenção e recuperação de furtos; de emergência, que oferecem socorro em caso de acidentes ou panes mecânicas; e de conveniência, que incluem até serviços de “concierge”, como pesquisa e reservas em restaurantes.

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Por meio de dois botões no retrovisor interno, o motorista se conecta a uma central de atendimento 24 horas, que rastreia o veículo imediatamente em todo o território nacional. A tecla azul (OnStar) é indicada para fazer todo tipo de contato com a central, exceto em situações de emergência, quando deve ser usada a tecla vermelha (SOS).

A comunicação é feita por uma linha celular operada pela Claro, que transmite a conversa pelos autofalantes e microfones do sistema hands-free do veículo. A meta da Chevrolet é que, a partir do início do chamado, o contato com o atendente seja estabelecido em no máximo 20 segundos.

Em paralelo, algumas funções do sistema OnStar, como o travamento de portas à distância, também são ativáveis por um aplicativo de celular (compatível com os sistemas Android 4.2.2, iOS 7 e superiores), sendo que um mesmo veículo pode responder a vários celulares de membros da mesma família, por exemplo.


Serviços.Para prevenir furtos, sensores detectam situações de arrombamento e notificam a central, que avisa ao proprietário do veículo. Se o carro for levado, a central pode enviar comandos remotos para reduzir sua velocidade até pará-lo.

O motorista também pode pedir para a central acompanhar seu percurso (em rotas perigosas ou viagens, por exemplo). Se notar que houve desvio ou parada inesperada, a central entra em contato para oferecer ajuda. Quando o veículo tiver chegado ao destino, o motorista pode pedir que a central avise uma pessoa indicada, como um parente.


Em caso de emergências, o usuário é conectado a uma central específica, que encaminha o caso para o socorro mecânico via Chevrolet Road Service. Se os air bags do veículo forem deflagrados, a central é alertada automaticamente e, se não conseguir falar com os ocupantes, aciona o resgate por meio do SAMU ou dos Bombeiros.

Há, ainda, um forte componente de conveniência, já que a central responde a consultas variadas e presta até serviços de concierge. Os atendentes podem dar informações como previsão do tempo, principais notícias do dia, indicadores da economia, condições de tráfego e mesmo pesquisar pontos de interesse, como atrações turísticas, lojas ou restaurantes, enviando os endereços encontrados ao navegador GPS do carro e até fazendo as reservas necessárias.

Custos ainda serão definidos.O OnStar será gratuito durante os primeiros doze meses de uso. Depois desse período, os consumidores interessados terão de pagar pelo serviço – a Chevrolet ainda avalia se a assinatura será cobrada por meio de anuidade ou mensalidade. Todas as funcionalidades serão oferecidas por um valor único, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, onde há diversos pacotes com preços variados.


Enquanto o custo do serviço não é definido, uma estimativa confiável são os preços praticados pelas empresas de rastreamento, que costumam variar entre R$ 40 e R$ 120 por mês. O diretor de engenharia da Chevrolet, Alexandre Guimarães, disse que o valor cobrado estará dentro desse intervalo.

Estão em andamento negociações com empresas parceiras, como seguradoras, que podem vir a oferecer vantagens aos clientes do OnStar, como redução do preço do seguro e até brindes. “Podemos, por exemplo, entrar em contato com um cliente em seu aniversário e oferecer, como cortesia, um chocolate em uma loja que está dentro de seu trajeto habitual”, diz Guimarães.

Expansão para outros modelos.Por enquanto, o sistema OnStar aparecerá apenas no Cruze. A escolha do modelo não foi casual: além de ser o produto da linha com maior recheio tecnológico, o sedã ocupa um segmento em que a concorrência é feroz.


Enquanto Corolla e Civic têm o peso do volume de vendas a seu favor e Focus e Jetta apostam na esportividade, o Cruze não se destaca especialmente em nenhum quesito. O OnStar pode ser o diferencial que faltava para lhe garantir vantagem sobre os rivais. O mesmo vale para o Cruze hatch, que perde em vendas para Punto, Focus e Golf.

Aos poucos, a intenção da Chevrolet é expandir o OnStar para outros modelos – até porque o aumento da base de clientes pagantes é importante para a própria viabilidade financeira do sistema. Enquanto a novidade não se espalha até a base da linha, consumidores de outros modelos terão o MyLink 2, versão enriquecida com comandos de voz, que será anunciada em breve.

Gama do Cruze ficou mais enxuta.Além da incorporação do sistema OnStar, outra novidade do Cruze é a simplificação da gama. A partir de 2016, as variantes sedã e hatch terão apenas dois catálogos, LT e LTZ, ambos com câmbio automático de seis velocidades e bancos de couro. Até então, as versões LT tinham opções mais baratas com câmbio manual e bancos de tecido, que foram eliminadas.


O que diferencia as duas versões são alguns itens exclusivos da LTZ, de topo, como sensor de chuva, air bags de cortina, sistema start-stop, sistema MyLink com navegador e acabamento de bancos e painel em duas cores. Os preços sugeridos não devem destoar muito dos praticados atualmente – a marca garante que a adição do OnStar não vai encarecer o modelo.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”