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As chaves do futuro custam caro
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As chaves do futuro custam caro

Por causa das várias novas funções dessas chaves, a cópia de uma peça pode custar R$ 4 mil

14 de out, 2015 · 5 minutos de leitura.

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 As chaves do futuro custam caro
Chave do BMW Série 7 tem várias funções e pode ser usada até para estacionar o carro

Imagine embicar o carro na vaga do shopping e, já do lado de fora do veículo, estacionar utilizando o controle remoto embutido na chave. Essa é uma das tecnologias disponíveis para a sexta geração do BMW Série 7, que chegará ao País no ano que vem. Essa e outras funções vêm sendo incorporadas ao dispositivo que, até recentemente, servia apenas para abrir e fechar as portas. Aí vem a pergunta: e se essa chave complexa pifar?

O prejuízo é compatível com seu nível de sofisticação. “Dependendo do defeito, será preciso substituir a chave”, afirma o analista de treinamento comercial da BMW do Brasil, André Nicolino.

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Para um i3, carro da divisão de elétricos da BMW, que tem recursos semelhantes ao do Série 7, uma chave nova pode custar R$ 4 mil. As do tipo presencial para os Ford EcoSport e Focus vão de R$ 200 a R$ 500 e para um Nissan Sentra, o preço é de R$ 1.110.

O curioso é que a peça convencional (do tipo canivete) sai por cerca de R$ 700 em chaveiros independentes da capital.

Se o componente quebrar ou a carga da bateria (similar à de relógios de pulso) acabar, nem tudo estará perdido. Basta usar a pequena chave metálica que fica no interior da peça.


Com ela também é possível dar partida no motor. É só aproximar o dispositivo defeituoso do local onde fica o transmissor eletrônico – geralmente perto da coluna de direção – e pressionar o botão de ignição. No manual do carro há detalhes sobre o procedimento.

FUNÇÕES
“Atualmente, a chave presencial pode ser usada também para programar funções como limite de velocidade, temperatura do ar-condicionado e volume do sistema de som do carro”, explica o supervisor de serviços da Ford, Alexandre Queiroz.

Além disso, marcas como Volvo e a própria BMW já liberam o uso de funções por meio de aplicativos de celular. Como abrir e fechar as portas, por exemplo.


O QUE FAZER…

… SE A CHAVE SUMIU
Em caso de perda, o dono do carro tem de ir à autorizada para encomendar outra. Mas deve preparar o bolso.

… SE A CHAVE QUEBROU
Se a peça quebrar, é possível abrir as portas com umapequena chave que fica no interior da principal.


… PARA DAR A PARTIDA
Mesmo se estiver quebrado, aproximar o dispositivo da direção ou botão de partida costuma ligar o motor.

… NO ESTACIONAMENTO
Nem sempre o carro “avisa” se a chave não for detectada. Após pegá-lo do valet, veja se a peça está mesmo a bordo.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”