Você está lendo...
Detran alerta sobre caça ao Pokémon
Notícias

Detran alerta sobre caça ao Pokémon

Lançado na quarta-feira no Brasil, Pokémon Go já causou acidentes de trânsito pela distração dos jogadores na caça aos monstrinhos

05 de ago, 2016 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Detran alerta sobre caça ao Pokémon
Alerta do Detran-SP publicado em rede social

É inútil resistir: ainda que você não tenha a menor afinidade com o universo dos pokémons e mantenha o uso do celular em um nível saudável, o fato é que o mundo ao seu redor foi rapidamente contaminado pelos ávidos caçadores de monstrinhos. O viciante jogo de realidade aumentada Pokémon Go faz com que os praticantes saiam às ruas como desvairados, munidos de seus smartphones, tentando capturar as criaturas virtuais. O problema ocorre quando, com isso, deixam de ter a devida atenção quando são pedestres ou, pior ainda, motoristas.

E os infortúnios envolvendo jogadores sem noção já começaram a pipocar – desde pedestres desatentos que se tornam presas fáceis para ladrões de celular até motoristas que provocam colisões, ou pedestres que ficam absortos na tela do gadget e acabam sendo atropelados. Um desses casos aconteceu ontem de manhã com um jovem de Curitiba.

Publicidade


Para alertar a população, o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) percebeu, acertadamente, que deveria usar o meio mais procurado pelos jogadores para se comunicar: as redes sociais. Os perigos de acidentes de trânsito envolvendo a distração dos jogadores foram objeto de publicações engraçadinhas, em tom de “meme”, bem ao gosto de quem curte um pokémon. Mais eficaz, impossível.

Antes de ser iniciado, o próprio jogo emite um alerta para que não se jogue Pokémon Go enquanto dirige. Pesquisas mostram que usar o celular ao volante prejudica a capacidade de perceber e evitar perigos no trânsito no mesmo nível de quem está alcoolizado. A 50 km/h, motoristas que olham para o aparelho por 5 segundos percorrem cerca de 70 metros sem perceber. Nessa velocidade, um segundo de desatenção equivale a 15 metros de direção às cegas.

E os pedestres jogadores também se expõem ao risco, quando atravessam a rua de olho na tela do smartphone. De acordo com dados do Detran-SP, um em cada quatro mortos por acidente de trânsito no Estado é pedestre.


Há soluções criativas para caçar os bichinhos com segurança. Empresas de transporte de passageiros, como táxis, por exemplo, criaram serviços especiais para que os jogadores possam brincar no trânsito sem se expor a acidentes.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”