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VW nega a troca em garantia da bateria de Golf de leitor
Defenda-se

VW nega a troca em garantia da bateria de Golf de leitor

Marca disse ao leitor que a cobertura de fábrica da peça é de apenas 12 meses, mas ele alega que manual não traz essa distinção

26 de out, 2016 · 8 minutos de leitura.

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 VW nega a troca em garantia da bateria de Golf de leitor
VW alegou que cobertura da bateria é de apenas 12 meses, mas atendeu ao leitor

Meu Golf 2013/2014 não deu a partida e foi guinchado para a autorizada. Apesar de o carro estar na garantia, a VW negou a troca da bateria, dizendo que o prazo de cobertura da peça é de apenas um ano. Mas o manual do proprietário diz que apenas velas, pneus, correia, pastilhas e fluidos não são cobertos pela garantia total. A montadora alega que a bateria sofreu desgaste devido aos equipamentos elétricos do carro. Ora, como isso é possível, se ele tem um sistema que o protege desse tipo de ocorrência, desligando o sistema de som, as luzes internas e os faróis automaticamente? Para mim, houve defeito de fábrica na bateria ou no carro.
Leandro de Mattos Pimenta, CAPITAL

VW responde: prestamos todos os esclarecimentos cabíveis ao cliente.

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O leitor diz que pagou pela bateria na concessionária e, em seguida, recebeu um chamado da montadora oferecendo a troca em garantia.

Advogado: durante o prazo de garantia, se a empresa não provar o desgaste natural da peça ou a culpa exclusiva do consumidor pela sua deterioração, não poderá se eximir de fazer a troca sem ônus.

Veja outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se desta semana


FORD FIESTA
Incertezas quanto ao recall

Tenho um Fiesta 2014. Soube pela mídia que a Ford fez um recall para troca das fechaduras das portas de alguns modelos, inclusive o Fiesta. Pela lista publicada no site da montadora, o número de chassi do meu carro estava envolvido no chamado. Quando fiz a revisão, comentei sobre o assunto com o consultor e as peças só foram fornecidas pela fábrica depois de 53 dias. Agendei o reparo e, para meu espanto, o consultor acessou o sistema e disse que meu carro não estava incluído no recall, o que confirmei ligando para a central da Ford. Como pode um chassi estar dentro da numeração convocada, mas não fazer parte da campanha? Durante os 53 dias em que fiquei à espera do reparo, fiz alguns contatos com a concessionária e a Ford para saber se as peças haviam chegado e, em todos eles, forneci o número de chassi do meu carro. Perdi a confiança nas informações da Ford.
Saulo Lábaki Agostinho, CAPITAL

Ford responde: a questão foi resolvida.


O leitor diz que o carro dele passou pelos reparos previstos na campanha, mas a Ford não deixou claro se a unidade dele estava ou não envolvida no recall. Isso o deixou inseguro para confiar nas informações veiculadas pela marca em futuros recalls.

Advogado: a montadora tem a obrigação de informar ao consumidor se seu veículo está ou não envolvido em um recall. Trata-se de um direito garantido pelo Código do Consumidor. Se deixou de informá-lo corretamente e, por causa disso, uma falha mecânica séria não foi eliminada e provocou um acidente com o veículo, a empresa poderá ser responsabilizada.

AUDI A1
Reparo gratuito fora da garantia


Sei que a coluna é mais usada para reclamações. Mas acredito que o objetivo, além de ajudar a resolver os problemas dos leitores, é auxiliá-los na escolha da montadora em sua próxima compra. Tenho um Audi A1 2011, que comprei em 2013, ainda durante o período de garantia. Sempre fiz as revisões corretamente. Em maio deste ano, ele teve um problema sério no câmbio. O consultor repassou o diagnóstico à Audi, que autorizou o reparo sem ônus, mesmo tendo a cobertura de fábrica expirado. A Audi sabe que seus produtos, tendo bom uso, não devem apresentar esse tipo de problema. Fiquei muito satisfeito pela forma como fui tratado.
Frederico M. Eigenheer, CAPITAL

Audi responde: agradecemos as considerações do cliente em relação ao bom atendimento que recebeu da nossa concessionária e da Audi. Ficamos felizes em saber que os nossos esforços de prestar serviços de excelência aos clientes vêm sendo notados. Ficamos à disposição para interagir com o cliente, sempre que ele achar necessário.

O leitor agradece e diz que o carro não teve outros problemas.


Advogado: vale lembrar que, além da garantia contratual, a empresa também deve responder pelo produto durante o período de durabilidade de seus componentes, na chamada garantia legal.

Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, RG, CPF, endereço com município e telefones de contato para o e-mail jcarro@estadao.com


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.