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Um Kadett GSi de parar o estacionamento
Carro do leitor

Um Kadett GSi de parar o estacionamento

Em busca de um carro para o dia a dia, o leitor Fábio Ribeiro da Silva encontrou um exemplar do esportivo de 1994 que, de tão bem conservado, faz sucesso por onde passa. Principalmente entre os manobristas que podem experimentar o Kadett...

06 de nov, 2010 · 4 minutos de leitura.

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 Um Kadett GSi de parar o estacionamento

Leitor viu Kadett à venda ao passar por uma loja rapidamente, de madrugada (Fotos: Sérgio Castro/AE)

Viviane Biondo

“Poupar” o carro novo, um Honda Civic zero-km. Esse era o objetivo do farmacêutico Fábio Ribeiro da Silva quando começou a procurar um modelo mais velho para usar no dia a dia. “Até que vi, de longe, o Kadettinho branco, à venda, quando passei em frente a uma loja de carros de madrugada”, lembra.

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“Dormi e acordei pensando nele”, diz Silva, o segundo dono do Chevrolet Kadett GSi 1994 “novo” desta página. “O primeiro teve de sair do País, por isso o vendeu. Cuidava tão bem do carro que não precisei fazer nada nele. Foi só passar na revenda e fechar negócio.”

Desde que chegou à garagem do farmacêutico, o Kadettinho assumiu o papel de carro a ser poupado. “Tanto que acabei trocando o Civic por um Peugeot 207, que uso durante a semana. Até porque o Kadett gasta mais combustível, mesmo já tendo injeção eletrônica.”

O único serviço que Silva diz fazer no Kadett, pelo qual pagou R$ 14 mil há dois anos, é o polimento. “Toda vez que vou buscá-lo, os funcionários da oficina comentam que alguém perguntou por quanto eu o venderia. Com esse carro, tive de aprender a dizer não o tempo todo”, brinca o farmacêutico.


“Junto do Volkswagen Gol GTi e do Ford Escort XR3, o Kadett GSi marcou época. Principalmente na cor branca”, diz. Essas versões eram as de topo das respectivas linhas. No caso da configuração esportiva do Kadett, destacam-se o motor 2.0 a gasolina de 121 cv, a suspensão regulável e detalhes pouco comuns em modelos nacionais, como o painel digital.

“Tudo funciona perfeitamente”, conta Silva. “O ar-condicionado, por exemplo, refrigera mais do que o do meu carro novo”, afirma. “O Kadett não tem nenhum daqueles ruídos característico de modelos com quase 20 anos. O estofamento e o revestimento dos bancos são originais, como todo o resto. Só troquei o toca-fitas por um tocador de CDs. Mas o equipamento original, que eu mantenho guardado, ainda funciona.”


De acordo com o farmacêutico, o Kadettinho faz sucesso por onde passa. “Frentistas de postos de gasolina e manobristas ficam loucos ao ver o carro de perto. Esse eu não vendo.”


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.