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Dojão que vale por dois GM
Carro do leitor

Dojão que vale por dois GM

Carlos Souza de Oliveira é o terceiro dono do Dodge Dart 1975 desta reportagem. Amante de antigos, ele começou comprando carros para restaurar, mas logo se cansou da tarefa. "É muito caro e trabalhoso", diz.

11 de set, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Dojão que vale por dois GM

GUILHERME WALTENBERG

Carlos Souza de Oliveira é o terceiro dono do Dodge Dart 1975 desta reportagem. Amante de antigos, ele começou comprando carros para restaurar, mas logo se cansou da tarefa. “É muito caro e trabalhoso”, diz. Quando já tinha uma dupla admirável, formada pelos Chevrolet Malibu 1967 e Diplomata 1991 (que pertenceu à Presidência da República), viu o anúncio do Dojão e se deixou levar pela intuição. “Sempre quis esse carro. Não pensei. Vendi os dois e comprei este.”

Ele afirma que ficou feliz com o negócio porque o carro estava conservado e tinha todas as características de um clássico. Motor V8, apenas 105 mil km rodados, placas pretas e o manual do proprietário original. De acessórios há apenas o carburador quádruplo e as rodas esportivas de época. “Puro charme”, diz.

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A alavanca de câmbio fica na coluna de direção e tem três marchas, que, segundo Oliveira, são suficientes para fazer os pneus cantarem.

Mas uma dúvida o intrigava. Ele não encontrou registros da época sobre a cor caramelo do teto de vinil. Para certificar-se da originalidade do Dart, foi atrás do primeiro dono. O encontro ocorreu em agosto em um evento de carros da marca em Itupeva (SP).


“O Dodge era de um senhor de 81 anos que ficou 31 com ele”, conta. “O teto caramelo foi um pedido feito à fábrica.” E o motivo da baixa quilometragem é que o carro era usado apenas nos fins de semana e viagens.”

Na volta para a capital, Oliveira diz que, sem se dar conta, pisou mais fundo no acelerador e se surpreendeu. “Quando percebi, estava beirando os 140 km/h e o carro nem sequer tremia”, diz. “Parecia um zero-km.”

O colecionador conta que seu filho de três anos é fã do carro. “Ele quer que eu vá buscá-lo todo dia na escola com o Dodge.”


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”