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Novo Kia Picanto amadureceu
Avaliação

Novo Kia Picanto amadureceu

A partir de R$ 34.900, a segunda geração do hatch sul-coreano deu um bom salto à frente. A maior evolução foi no motor, que continua sendo de 1 litro. O quatro-cilindros a gasolina deu lugar a um tricilíndrico flexível de até 80 cv e 10,2 mkgf

31 de ago, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Novo Kia Picanto amadureceu

NÍCOLAS BORGES

A segunda geração do Picanto chegou ao País mais cara. Mas não há do que reclamar. A partir de R$ 34.900, a tabela do sul-coreano subiu R$ 1 mil e o hatch deu um bom salto à frente.

A maior evolução foi no motor, que continua sendo de 1 litro. O quatro-cilindros a gasolina com potência de 64 cv e torque de 8,9 mkgf deu lugar a um tricilíndrico flexível de, respectivamente, até 80 cv e 10,2 mkgf.

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Em movimento, não dá para perceber todo esse ganho, mas o rendimento com o câmbio manual de cinco marchas é honesto. Por sua vez, o automático de apenas quatro velocidades rouba desempenho do Kia.

A versão sem embreagem gosta de lembrar o motorista de que o torque máximo surge somente a 4.500 rpm. Em contrapartida, permite trocas sequenciais.

Como no Kia anterior, a suspensão se mostra mais voltada para o conforto, sem maciez excessiva. A direção com assistência elétrica é bem leve mas poderia ser mais comunicativa.


O desenho da carroceria, que cresceu 6 cm e está com 3,59 metros, foi outro ponto que evoluiu. As linhas, até então simpáticas para os mais otimistas, passaram a ser realmente atraentes. Por dentro, o estilo também agrada, assim como o acabamento.

O espaço é bom no banco de trás, desde que ele seja ocupado por duas pessoas. A largura de 1,59 metro é pequena para três. Em compensação, o porta-malas agora comporta 292 litros. Antes, a capacidade era um pouco menor: 220 litros.


O nível de equipamentos de série se manteve alto desde a versão de entrada. Ela traz, por exemplo, air bag frontal para motorista e passageiro, ar-condicionado, conjunto elétrico, faróis de neblina, rodas de liga leve de 14”, toca-CDs e MP3 com entradas auxiliar e USB, além de volante com ajuste de altura e comandos do sistema de som.

Tabelada a R$ 39.900, a opção de topo inclui bolsas infláveis laterais e de cortina, faróis e lanternas traseiras com LEDs, freios ABS e teto solar. O câmbio automático acrescenta R$ 5 mil ao preço do modelo.

A Kia pretende vender cerca de 6 mil unidades do novo Picanto até o fim do ano. Para 2012, a expectativa é emplacar 18 mil.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”