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Profissão passada de mãe para filha
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Profissão passada de mãe para filha

Luciana Figueiredo da Silva, de 27 anos, é gerente de um posto de gasolina na Penha, zona leste de São Paulo. Durante o expediente, ela faz de tudo um pouco. Seu principal objetivo para o ano que vem é cursar a faculdade de pedagogia ou letras.

22 de out, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Profissão passada de mãe para filha

BELISA FRANGIONE

Luciana Figueiredo da Silva tinha apenas 20 anos quando sua mãe se aposentou como frentista em um posto de gasolina na Penha, zona leste da capital. Como a jovem conhecia o serviço, acabou ocupando a vaga recém-aberta. Ficou lá por três anos, até a empresa ser vendida. Desde 2007 ela trabalha em outro posto, da Petrobrás, no mesmo bairro.

Atualmente com 27 anos, Luciana foi promovida a gerente. Ela conta que durante o expediente, de 9,5 horas por dia, faz um pouco de tudo. “Cuido da pista (local onde os carros são abastecidos), da loja de conveniência, abasteço, cubro o horário de almoço de outros funcionários e troco óleo. Se precisar varrer o chão, eu também vou.”

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Sobre o dia a dia da profissão, Luciana diz que gosta especialmente da agitação diária e de ter contato com motoristas de todos os lugares. “A agitação é tanta que nem vejo a hora passar. Sem falar que a cada dia tenho a oportunidade de conhecer gente nova. Semana passada mesmo eu estava no aeroclube, na zona norte, e encontrei um cliente daqui.”

Ela diz que a principal dificuldade do ofício é encarar as reclamações, mas que com a experiência aprendeu a contornar esse tipo de problema. “Uma vez um cliente arrumou a maior confusão porque achou que o preço do óleo era alto. Expliquei que não somos nós que estipulamos isso.”

Luciana conta que é alvo de cantadas diariamente. Modesta, ela desconversa. “Não é uma questão de beleza, mas por ser a única mulher do posto. Se houvesse outras, tenho certeza de que eu não seria tão visada.”


Quando não está trabalhando, Luciana diz que sua diversão preferida é sair com os amigos. “Gosto de ir a barzinhos ou ao teatro. Mas não dá para fazer isso sempre. Só no fim de semana tenho tempo para passear.”

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”