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Fiat se divide para crescer
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Fiat se divide para crescer

Acionistas da marca italiana decidiriam separar a empresa em dois segmentos. Uma dedicada a veículos comerciais, equipamentos agrícolas e motores industriais e outra focada nos carros de passeio

17 de set, 2010 · 3 minutos de leitura.

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 Fiat se divide para crescer

Os acionistas da Fiat aprovaram ontem os planos de separar a empresa em duas partes: uma industrial e outra só para automóveis. O presidente do grupo, Sergio Marchione, que estará à frente das duas operações, considera crucial essa divisão para que se crie uma companhia global, junto com a Chrysler, sua controlada desde 2009. A chamada Fiat Industrial vai agrupar a montadora de veículos comerciais Iveco, a CNH, de equipamentos agrícolas e para construção, e a produtora de motores industriais e marítimos.

A parte automotiva controlará marcas como Alfa Romeo, Lancia, Ferrari e Maserati, além do Grupo Chrysler (que inclui ainda Dodge, Jeep e Ram). Segundo Marchione, não fazia mais sentido manter as diferentes unidades juntas, porque elas operam em diferentes mercados e seguem diferentes ciclos. De acordo com ele, graças à sociedade com a Chrysler a Fiat já é capaz de funcionar sem o apoio da parte industrial. Até 2014, o novo grupo pretende produzir 6 milhões de veículos por ano, ante as 4 milhões de unidades que fabrica atualmente.

Mais coreanos
Ontem, a Fiat sofreu uma derrota no parlamento europeu, que aprovou um acordo de livre comércio com a Coreia do Sul. A empresa italiana era contra a decisão, pois Hyundai e Kia ganharão em competitividade.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.