O futebol alemão é o melhor do mundo? O resultado do jogo de ontem, contra o Brasil, aponta que sim, mas a seleção germânica ainda terá de provar se a ideia é verdadeira no domingo, diante da Argentina. Mas em um setor, a Alemanha não tem de provar nada para ninguém: o automobilístico.
O país produz, sem dúvida, os melhores carros do mundo. Alguém pode dizer que os italianos são melhores. Eu rebato: são mais esportivos sim. Melhores, no conjunto da obra, não. Isso porque os alemães têm de tudo: rápidos esportivos, confortáveis sedãs, modernos utilitários… E tudo com muita tecnologia nas áreas de segurança, conforto, entretenimento e mecânica.
Eu não guiei todos os carros feitos na Alemanha, mas já estive atrás do volante de muitos. Assim, listei os sete carros alemães mais legais que já dirigi. O post está aberto a debate: concordem, descordem, opinem, façam suas próprias listas.
E por que sete? Bem, digamos que cada carro é homenagem a um gol feito pela Alemanha ontem. “Mas foi contra o Brasil”, alguém pode protestar. Foi sim. Infelizmente perdemos. Mas agora é bola para a frente: reconhecer que o time de Joachim Low foi superior e mereceu a vitória. E tentarmos fazer ainda melhor na próxima Copa.
1º Porsche 911
Seja na versão de topo, a Turbo, ou nas mais fracas, o carro é muito divertido de dirigir. Isso sem oferecer tanta brutalidade quanto a de superesportivos italianos. Um pouco mais dócil, mas não demais, o 911 é um carro que pode ser guiado no dia a dia. Com ressalvas, é claro: as versões manuais têm embreagem muito dura e podem cansar no anda-e-para do trânsito. E cuidado com pisos escorregadios e curvas sinuosas. É muita potência (355 cv a 400 cv) e o alto torque é despejado, em algumas versões, integralmente no eixo de trás. Escapadas de traseira são constantes com este carro, mas há também muitos controles eletrônicos para ajudar o motorista a corrigir a trajetória. Os preços no Brasil vão de R$ 629 mil a R$ 1,149 milhão
2º Audi R8
Talvez este seja o mais esportivo dos carros alemães produzidos atualmente. Ou o mais parecido com um “puro sangue” italiano – ou seja: exagera na brutalidade. Não é à toa: ele é feito sobre a base do já fora de linha Gallardo, da Lamborghini, marca que, assim como a Audi, pertence ao Grupo Volkswagen. Além disso, é o único a trazer um poderoso e sonoro motor V10, com 525 cv. O preço? Cerca de R$ 900 mil
3º Mercedes-Benz SLS AMG
Outro superesportivo de safra alemã, o SLS está mais para Porsche do que para R8. Ou seja: é bruto, mas sem perder a ternura. Divertido como todo cupê de motorzão e com tração traseira, o Mercedes tem um 6.2 V8, que gera 571 cv e 66,3 mkgf de torque. O preço é de US$ 499 mil, ou cerca de R$ 1,1 milhão. Porém, o carro, que tem como destaque as portas do tipo “asas de gaivota”, está dando seus últimos suspiros. Será substituído pelo AMG GT.
4º SL 63 AMG
A versão com preparação esportiva do conversível Mercedes é emocionante. Leve e pequeno, o modelo de dois lugares acelera muito. Muito mesmo. Seu motor V8 biturbo tem 564 cv e o impressionante torque de 91,8 mkgf. É força pra caramba! Capô e portas são feitos de fibra de carbono, o que contribui para a redução do peso. No País, custa US$ 399 mil, equivalente a R$ 888 mil
5º Audi RS6
É o mais tradicional dos modelos de nomenclatura RS, que identifica os mais esportivos Audi, preparados pela divisão quattro. Nesta geração, há apenas a perua, vendida no País por R$ 557 mil. Equipado com motor V8 biturbo de 560 cv, o RS6 acelera de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, apenas. Isso para um carro de porte médio/grande. É emoção sem fim.
6º BMW M3
Série 3 preparado de fábrica, o M3 é praticamente uma tradicional instituição alemã. A versão que já dirigi, no entanto, não é a nova, que foi apresentada na Europa, mas ainda não chegou ao Brasil. Aqui, estou me referindo ao sedã preparado da geração anterior, que trazia um 4.0 V8 aspirado, de 440 cv, e acelerava de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos. A ansiedade é grande à espera da chegada da nova geração
7º E 63 AMG
O mais interessante deste sedã preparado é o modo de condução AMG. As trocas de marcha do câmbio automático passam a ser feitas manualmente e de maneira bastante audível, o motor V8 de 557 cv faz barulho e a aceleração é de grudar, com força, o corpo contra o banco. Isso sem perder o conforto que se espera de um sedã. Por que, então, o E 63 AMG é só o sétimo – e último – colocado? Por uma revolta desta que voz bloga. Ele é o primeiro carro de passeio AMG a ter tração 4×4, em vez de traseira. Resultado: a emoção diminuiu
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