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Veja como anda o novo Toyota Corolla 2018
Avaliação

Veja como anda o novo Toyota Corolla 2018

Modelo mantém conjunto mecânico já conhecido e ganhou "tapa" no visual para seguir com trajetória de sucesso

18 de mar, 2017 · 5 minutos de leitura.

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 Veja como anda o novo Toyota Corolla 2018
Toyota Corolla 2018

Basta sair com o Corolla para entender o motivo de tanto sucesso comercial. Começando pelo desempenho, o primeiro ponto positivo vai para o câmbio automático continuamente variável (CVT). Na maioria dos veículos com esse tipo de transmissão, quando se pisa mais forte no acelerador o ponteiro do conta-giros fica estável perto do limite de rotação do motor, enquanto a velocidade vai aumentando aos poucos. É um tipo de comportamento que geralmente resulta em muito ruído interno. No caso do Corolla, o sistema simula trocas sozinho (são sete), o que é notado por meio da suave variação da rotação. É uma característica que vem desde a chegada do câmbio CVT ao Corolla, em 2014 (e similar ao que a Honda também adota no novo Civic). Isso é feito por meio de programação eletrônica, já que o sistema continuamente variável não tem marchas físicas.

O casamento da transmissão com o motor 2.0 dá bom desempenho ao carro. Graças à dupla, as retomadas de velocidade são eficientes, mesmo que o motor esteja em baixa rotação.

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Mecanicamente, a única alteração do Corolla 2018 foi na suspensão, para compensar as novas rodas de 17 polegadas e os pneus de perfil mais baixo (215/50 R17). O Corolla está 5 milímetros mais alto, o que é incapaz de influenciar na dirigibilidade. O sedã continua com seu acerto de suspensão que privilegia conforto. Tem sistema MacPherson na frente e eixo de torção atrás. Nisso, ele perde para o Civic (suspensão independente nas quatro rodas). Durante a avaliação de cerca de 120 quilômetros, o carro absorveu muito bem asfalto de péssima qualidade, sem transmitir solavancos ou barulho para a cabine. Além disso, em um circuito sinuoso feito em velocidade um pouco mais elevada, a carroceria manteve-se estável, sem excesso de inclinação e com a direção (elétrica) obediente aos desejos do motorista.

Para deixar o comportamento mais “aceso” (e manter a rotação mais elevada), basta pressionar o botão “sport”, no console. Pode-se também trocar as marchas nas aletas no volante.

Os freios (discos nas quatro rodas) mostraram bom comportamento, mesmo nas frenagens mais exigentes.


A posição ao volante é boa, idem para a visibilidade. E, graças ao entre-eixos de 2,7 metros (idêntico ao do Civic), o espaço no banco de trás é bom para joelhos e cabeça.

Em resumo, as alterações da linha 2018 realçaram as qualidades do carro. São insuficientes para conquistar um público mais jovem, mas esse nem é o objetivo da Toyota. Segundo a empresa, o público alvo do Corolla tem entre 40 e 60 anos. “Nós gostamos dos titios”, afirma o CEO da Toyota na América Latina e Caribe, Steve St. Angelo.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”