VOLKSWAGEN TOUAREG
Navegador GPS desatualizado
Meu Touareg veio equipado com um navegador GPS desatualizado, que não exibe rodovias existentes há mais de dois anos. Cobrei a Volkswagen sobre uma atualização do software por diversos canais, mas não obtive resposta. Na última revisão, questionei a autorizada Caraigá e me foi oferecida a atualização por R$ 3.700, por se tratar de um modelo de luxo. É incrível que um veículo adquirido de uma concessionária venha com software desatualizado, a montadora pouco se importe com o fato e, passados dois anos, esse problema não tenha sido corrigido. Isso demonstra que a marca despreza o segmento de veículos de luxo e seus clientes e, quando se dispõe a atendê-los, quer explorá-los.
Didier Maurice Klotz,CAPITAL
VW responde: prestamos todos os esclarecimentos sobre o caso ao cliente. Estamos à disposição para a realização do serviço necessário, mediante aprovação de orçamento. O leitor diz que achou absurdo o preço cobrado pela atualização e optou por não fazer o serviço e usar um aplicativo para celular. Ele lamenta que o GPS do painel tenha apenas função decorativa, já que não reconhece ruas e rodovias.
Advogado: o veículo novo deve ser entregue ao cliente com o navegador GPS devidamente atualizado, salvo se o consumidor for previamente informado de que o serviço de atualização não integra o preço do veículo. Sem essa informação prévia, a atualização não poderá ser cobrada do consumidor.
CAOA
Carro usado com penhora judicial
Comprei na Caoa Nações Unidas um carro usado que veio com graves problemas de alinhamento, não solucionados pela concessionária. Além disso, o veículo estava com uma penhora judicial, fato que eu desconhecia, pois não me mostraram nenhum laudo no ato da venda. Devolvi o carro, pedi meu dinheiro de volta e, até agora, não recebi nem mesmo um documento formalizando a situação. Preciso de ajuda para receber os valores que paguei, pois estou comprando outro carro.
Marina B. F. Schiavon, CAPITAL
Caoa responde: caso resolvido.
A leitora confirma que o valor do veículo e a taxa de transferência do despachante foram devolvidos após muita insistência, mas sem correção monetária. Ela alega que teve despesas com combustível, alinhamento e balanceamento do veículo e custas de cartório, que não foram ressarcidas.
Advogado: quando o veículo é vendido com gravame ou pendência judicial, sem a ciência prévia do comprador, este pode exigir o cancelamento do negócio. Nesse caso, o dinheiro deve ser devolvido com correção monetária. Também devem ser restituídos os valores gastos com serviços feitos no veículo, custas de cartório e outras despesas eventuais causadas pela falta de informação e transparência na venda.
FORD RANGER
Capota que abre sozinha
Comprei uma Ranger Limited nova há dois meses. A capota abre sozinha quando o carro passa dos 80 km/h, pois uma de suas peças veio com defeito. Fiz várias tentativas de resolver o problema na autorizada Navesa, que tem uma postura negligente e um consultor técnico despreparado, e também junto à central de atendimento da Ford, que não informa prazo para a solução do problema. Enquanto isso, tenho uma picape de topo da linha e sou obrigado a amarrar a capota para que ela não se abra.
Eduardo Alves Oliveira, CAPITAL
Ford responde: o cliente preferiu fazer o reparo durante a próxima revisão do veículo. O leitor diz que a Navesa e a Ford só deram atenção ao caso após feita a queixa ao JC.
Advogado: quando a montadora não soluciona o problema no prazo máximo de 30 dias, o cliente pode exigir a troca do veículo. No caso concreto, para não ficar aguardando indefinidamente uma solução da empresa, o leitor poderia ter adquirido uma capota nova por conta própria e pedido o reembolso do valor gasto.