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Estrada com captação de energia solar é opção de recarga para elétricos
Tecnologia

Estrada com captação de energia solar é opção de recarga para elétricos

Empresas investem em eletrificação de rodovias e ruas para auxiliar o processo de combate à poluição

05 de abr, 2017 · 4 minutos de leitura.

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 Estrada com captação de energia solar é opção de recarga para elétricos
Energia solar nas estradas vai garantir recarga por meio de fonte renovável

Depois dos carros com sistemas híbridos e elétricos, as estradas também passarão a adotar soluções para contribuir com a redução da poluição e com um conceito de mobilidade mais eficiente. No vilarejo de Tourouvre-au-Perche, na França, por exemplo, a empresa Colas criou um quilômetro de estrada com painéis solares.

Revestidas com resina de silício, as placas suportam o peso dos veículos que transitam por ali, inclusive caminhões. Inicialmente, o projeto vai durar dois anos. A construção do trajeto é fruto de investimento de US$ 5 milhões (R$ 15,5 milhões, aproximadamente).

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As placas solares têm capacidade para alimentar a iluminação pública da cidade, de cerca de 5 mil habitantes. O projeto, além de reduzir custos, garante que os veículos “verdes” recarregados no município sejam abastecidos por meio de uma fonte renovável.

Na Suécia, a Scania participa de dois projetos para criar estradas e ruas mais avançadas. Um dos programas, para recarga de baterias de ônibus sem fio, é desenvolvido em parceria com o Instituto Real de Tecnologia, na cidade de Södertälje.

Quando o veículo para em um determinado ponto, automaticamente as baterias começam a ser recarregadas por indução, por meio de bases sob o asfalto. O sistema é semelhante ao utilizado em modelos como o Chevrolet Cruze para carregar smartphones no console.


No atual estágio de desenvolvimento, os ônibus precisam ficar cerca de 7 minutos parados para que a recarga ocorra. Há estudos em curso para reduzir esse tempo.

Trocando os ônibus movidos a diesel por híbridos em 42 das 500 rotas da cidade de Estocolmo, o projeto prevê redução de 3% no custo total por ano no transporte e 40% nas emissões de dióxido de carbono.

O outro projeto, na região de Gavleborg, tem dois quilômetros de estradas com linhas eletrificadas para caminhões híbridos equipados com pantógrafos, como os trólebus.


A proposta cria uma rede para que os caminhões percorram a maior parte do trajeto usando só o motor elétrico, que gera 130 kW e 107 mkgf. Já os propulsores a gás, biodiesel ou etanol são utilizados apenas em deslocamentos fora dos trechos rodoviários.

Como a linha elétrica fica por cima, a mobilidade de outros tipos de veículos na rodovia não é prejudicada.

VIAGEM A CONVITE DA SCANIA


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”