Ontem fui à Itavema France Ipiranga levar meu Logan para a revisão dos 30 mil km. Minha ideia era optar pelo pacote “Preço Fechado da Renault”, mas me foram apresentadas três outras modalidades – nenhuma era a que eu pretendia. Concordei com a básica, que incluía algumas “perfumarias” além da manutenção prevista no manual. Pensei que essa fosse semelhante à “Preço Fechado”, por ser a mais simples, mas, no final, o valor cobrado foi mais de 50% superior – uma diferença de mais de R$ 600. Em nenhum momento explicaram o motivo de não terem oferecido a modalidade de revisão que eu desejava. Pelo visto, as concessionárias estão fazendo de tudo para compensar a queda das vendas de veículos.
Fernando Ferrone, CAPITAL
Renault responde: nosso site sugere um pacote “Preço Fechado” a R$ 437 para o Logan com 30 mil km, com óleos, filtros e mão de obra. O valor varia se houver necessidade de alinhamento, balanceamento ou troca de peças sujeitas a desgaste. O leitor diz que, enquanto a montadora divulga sua revisão “Preço Fechado”, a concessionária ignora a modalidade e empurra o pacote que lhe convém.
Advogado: nenhum serviço deve ser cobrado do consumidor sem um prévio detalhamento de todos os itens que serão contemplados e cobrados, sobretudo quando houver diferentes modalidades e a empresa escolher uma delas por conta própria.
NISSAN MARCH
Colisão apósfalha nos freios
Comprei um March novo para meu filho. Dez meses depois, o carro perdeu os freios e colidiu com outro veículo. Por sorte, eles estavam rodando devagar, dentro do câmpus da universidade. O gerente da oficina disse que tinha havido problema no cilindro mestre. A central de atendimento ao consumidor Nissan pediu que eu enviasse fotos e vários documentos para executar os procedimentos de reparo dos veículos envolvidos. Segui todas as instruções, mas não obtive nenhum retorno. Além disso, meu filho não pôde receber um carro reserva, pois seu perfil não cumpre os requisitos da locadora. Será que uma questão tão grave deve receber esse tratamento?
Marcos Silva, CAPITAL
Nissan responde: o veículo do cliente e do terceiro foram reparados e entregues.O leitor diz que o filho ficou um mês sem o carro e a Nissan se negou a ressarcir os gastos com transporte no período.
Advogado: diante de um defeito notório no produto, capaz de provocar um acidente, a montadora deveria ter cedido um carro reserva ao cliente, ou pelo menos ressarcido seus gastos com locomoção até a conclusão do reparo.
FORD FIESTA
Trepidaçãono câmbio
Meu Fiesta apresenta trepidação no câmbio automatizado. Levei-o para a revisão e o consultor da concessionária confirmou a necessidade de substituição da embreagem e informou previsão entre 30 e 40 dias para realização do serviço. Quase quatro meses depois, ele alegou que a fábrica não envia o componente e pediu que eu mesmo falasse com a Ford. Fiz vários contatos com a central de atendimento e coleciono protocolos, sem uma solução. Com o passar do tempo, a trepidação vem se agravando e gerando insegurança, pois o motor não responde ao comando do acelerador.
Massaaki Akabane, CAPITAL
Ford responde: caso resolvido. O leitor diz que, uma semana após a queixa, recebeu um telefonema da Ford informando que a peça estava disponível.
Advogado: o problema foi resolvido pela montadora em prazo muito superior ao máximo de 30 dias que a lei permite. Nesses casos, cabe ao consumidor avaliar se é mais conveniente aceitar o reparo ou exigir a troca do produto ou o cancelamento da compra. Se o veículo ficar mais de 30 dias parado, o consumidor tem o direito de ser ressarcido pelos gastos que teve com locomoção, mesmo se optou por não exigir a troca do carro.