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Audi quer lançar primeiro modelo comercial com nível 3 de automação
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Audi quer lançar primeiro modelo comercial com nível 3 de automação

Por restrições jurídicas, porém, o novo Audi A8 deve chegar ao mercado com a tecnologia desabilitada

Redação

25 de abr, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Crédito:Audi

Com lançamento previsto para o final deste ano, o Audi A8 pode ser o primeiro modelo de série com direção autônoma nível 3. Essa tecnologia permite ao automóvel executar, por conta própria, comandos de direção, aceleração e desaceleração.

A novidade, porém, esbarra em um entrave jurídico: ainda não existe uma regulamentação para que esse tipo de veículo possa circular. Por conta disso, as máquinas devem chegar aos consumidores com esse recurso de autocondução incorporado, mas desabilitado.

A direção autônoma do Audi A8 opera sob condições limitadas. Para que ela funcione, o carro deve estar em velocidade de até 56 km/h e o motorista não pode se desligar do percurso, já que o computador de bordo reage aos seus comandos.

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Os níveis de autonomia de um automóvel são seis e estão listados no ranking proposto pela SAE (Sociedade de Engenheiros Automotivos). Zero significa que não há automação, enquanto 5 é o nível máximo de autocomando.

O CEO da Audi, Rupert Stadler, tem declarado que a aposta vem de uma sinalização jurídica positiva por parte dos países que formam o principal mercado da empresa. O governo alemão, por exemplo, já pensa em autorizar a circulação de carros com níveis 3 e 4 de automação.

A fabricante alemã pretende mostrar a nova geração do sedã no próximo dia 11 de julho, em Barcelona (Espanha), na conferência Audi Summit. O modelo também estará exposto para o público no Salão de Frankfurt (Alemanha), em setembro.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”