Vidro com acionamento elétrico veio para melhorar o conforto. De item de carro de luxo, passou em pouco tempo a ser equipamento requisitado até em veículos mais baratos. Não se tem notícia de alguém que tenha saudades da manivela. Mas, de tanto subir e descer, o sistema pode pifar.
De acordo com o proprietário da oficina Eleva Acionamentos Eletrônicos (5044-6200), na zona sul, Mauro Câmara, os componentes mais sujeitos a apresentar falhas são o cabo de aço, o arraste e as roldanas. E a razão, segundo ele, é que o motor elétrico normalmente tem excesso de torque: “Isso gera um impacto quando o vidro chega ao fim do curso, ao ser totalmente aberto.”
Assim, segundo Câmara, após “dois ou três anos de uso” o sistema pode quebrar. Ainda de acordo o profissional, automóveis como os Volkswagen Fox e Gol “G5”, Citroën C3 e os Peugeot 206 e 207 estão entre os que mais apresentam falhas no sistema. Na Eleva, o conserto custa entre R$ 150 e R$ 250, dependendo do modelo e da complexidade.
É a mesma faixa de preço cobrada na Taniguchi Comércio de Vidro Elétrico (5011-1299), também na zona sul da cidade. Lá, o reparo fica entre R$ 160 (para o Gol “G5”) e R$ 240 (para o Corolla). Nas duas oficinas, a garantia do serviço é de 90 dias. Eliana Ogawa, funcionária da Taniguchi, também confirma que os modelos mais sujeitos a falhas são o Gol “G5”, Fox e C3. Além disso, ela acrescenta à lista o Corsa.
Se o vidro começar a subir e desce sozinho, Câmara recomenda a lubrificação das canaletas, com aplicação de silicone em spray. Isso ocorre quando o sistema antiesmagamento encontra resistência para a movimentação do vidro. Nesse caso, ele interpreta que há algum objeto impedindo o fechamento.
Lei antiesmagamento. Desde 1º de janeiro, está em vigor a Resolução 468, que torna obrigatório o sistema antiesmagamento (“dispositivo de inversão”) em carros novos dotados de vidros elétricos, desde que equipados com sistema automático (“um toque”).