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Chevrolet Spin de leitor tem problemas de acabamento
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Chevrolet Spin de leitor tem problemas de acabamento

Veja este e outros casos da coluna semanal de queixas

Redação

03 de mai, 2017 · 6 minutos de leitura.

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Crédito:Foto: Chevrolet

CHEVROLET SPIN
Problemas de acabamento
Comprei um Spin zero-km e, no terceiro mês de uso, o carro começou apresentar barulho no forro interno e trepidação nos vidros da parte traseira. Levei o Chevrolet seis vezes à concessionária e guardei as ordens de serviço. Mas o técnico da autorizada, ao examinar o veículo, disse apenas que esses problemas eram características do modelo. Procurei o Procon para tentar desfazer de forma amigável a compra do Spin, pois não dá para conviver com todo esse barulho. Porém, o órgão não resolveu meu problema e me orientou a ajuizar uma ação judicial.
Alexandre Santiago, CAPITAL
Chevrolet responde: transmitimos ao cliente os esclarecimentos cabíveis ao caso.
O leitor confirma que foi procurado pela montadora, mas diz que os ruídos do carro não foram eliminados. Ele pretende buscar auxílio na Justiça.
Advogado: o leitor pode obter a avaliação de uma oficina especializada. Se o parecer for no sentido de que os ruídos e trepidações não são características normais do veículo, ele pode pedir na Justiça a troca do produto, em razão da falta de reparo adequado, ou então realizar o conserto por conta própria e pedir o ressarcimento dessa despesa posteriormente.

KIA CERATO
Motor fundido duas vezes
Comprei um Kia Cerato novo. Com apenas 16.179 km, o motor fundiu e o carro foi guinchado para a concessionária, de onde só saiu após quatro meses. Dois meses depois, após ter rodado apenas 561 km, o incidente se repetiu. Quarenta dias mais tarde, a concessionária ainda não havia oferecido uma solução e apresentamos notificação extrajudicial à montadora. Faz um ano e nove meses que a Kia vem empurrando o problema, entrando com recursos e mais recursos para não cumprir com seus compromissos. Pergunto: onde estão os direitos do consumidor?
José Hilário Oliveira Nunes, CAPITAL
Kia responde: como o caso está na Justiça, a Kia só se manifestará após o fim do processo.
O leitor diz que está pedindo na Justiça o cancelamento da compra, com a devolução do valor pago, mais correção monetária.
Advogado: de fato, quando o mesmo problema reaparece após uma intervenção ineficaz da montadora, o caso é de troca do veículo ou cancelamento da compra, com a devolução do valor pago, não de realização de novo reparo. Vale lembrar que, em caso de defeito sério em componente essencial do carro – como no caso concreto, em que o motor do automóvel do leitor fundiu –, a empresa é obrigada a trocar o veículo ou cancelar o negócio de imediato, não tendo nem mesmo o direito oferecer um conserto em até 30 dias.

FORD FIESTA
Trepidação no câmbio
Meu Fiesta apresentou trepidação no câmbio automatizado Powershift. Foram cinco meses brigando com a Ford até que o kit de embreagem fosse trocado. Seis meses depois, o problema reapareceu e a concessionária constatou a necessidade de uma nova substituição do componente. Como o consultor disse que seriam necessários dois meses de espera, fiz contato com a central de atendimento da Ford, na esperança de agilizar o processo. Porém, o funcionário dessa central é um mero atendente de telemarketing, com respostas prontas e incapaz de dar uma informação técnica ou direcionar a chamada para alguém que resolva o problema. Gostaria da ajuda de vocês, pois está desgastante essa história de ter de levar o carro à autorizada a cada seis meses.
Carolina Aleoni Arruda, CAPITAL
Ford responde: caso resolvido.
A leitora diz que a embreagem foi trocada novamente e, por ora, a trepidação não voltou.
Advogado: a lei garante à montadora o direito de consertar o carro defeituoso, antes de ter de trocá-lo. Nesse caso, porém, pressupõe-se que o reparo seja eficaz e definitivo. Quando o cliente é obrigado a voltar repetidas vezes à oficina por causa do mesmo problema, o caso passa a ser de troca. Se recorrer à Justiça para esse fim, o consumidor pode obter liminar obrigando a empresa a lhe fornecer carro reserva, a ser usado até decisão final do processo.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.